O Brasil criou 196.966 novas vagas com carteira assinada em abril, informou na segunda-feira o Ministério do Trabalho e Previdência Social com base do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo o governo, o número é resultado da diferença entre 1.854.557 contratações e 1.657.591 demissões registradas no mês e representa uma melhora em comparação com abril do ano passado, quando foram abertos 89.500 postos de trabalho.

No acumulado de 2022, o saldo de vagas de trabalho criadas é de 770.593.

As cifras de abril deveriam ter sido publicadas em maio, mas se atrasaram devido a uma demora na transmissão da informação causada pela necessidade de se realizar um novo processamento de dados.

O secretário executivo do Ministério, Bruno Dalcolmo, recordou que o Brasil viveu o pico de casos da COVID-19 em abril do ano passado, o que causou uma base baixa de comparação nesse mês.

"As cifras estão em linha com o processo de recuperação da economia brasileira. É uma cifra muito superior à registrada em abril do ano passado. Vamos nos lembrar que no passado mês de abril ocorreu um processo de pico da COVID no Brasil," destacou.

Dalcomo informou que houve uma relativa recuperação nos serviços, um setor que impulsionou a geração de emprego no ano passado e que continua em um nível superior também este ano. Dentro dos serviços, cabe destacar a área da educação.

Nos primeiros quatro meses deste ano, foram criados 77.600 novos empregos formais, em comparação com os 894.700 no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses terminados em abril foram abertos 2,6 milhões de postos.

No final de abril de 2022, o Brasil tinha um saldo de 41,4, milhões de postos de trabalho formais, comparado com o 38,8 milhões de empregos do ano passado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego do Brasil baixou a 10,5% no trimestre finalizado em abril, o nível mais baixo desde 2016.