Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China criticou nesta quarta-feira a Austrália por fazer comentários irresponsáveis sobre o acordo de segurança China-Ilhas Salomão, instando a Austrália a parar de criticar arbitralmente a cooperação externa independente das Ilhas Salomão e parar de exercer pressão e coerção.
De acordo com reportagens da mídia, a ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne, se encontrou recentemente com seu homólogo das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele, em Brisbane, Austrália. Payne disse que a Austrália tem preocupações com o acordo de segurança China-Ilhas Salomão, incluindo a falta de transparência.
"Uma vez que a Austrália declara seu 'respeito pela tomada de decisão soberana das Ilhas Salomão', ela deve agir como disse", disse o porta-voz Zhao Lijian em uma coletiva de imprensa diária, observando que os países das Ilhas do Pacífico, incluindo as Ilhas Salomão, são países soberanos e independentes, não um quintal de ninguém.
Zhao disse que a China informou sobre sua cooperação de segurança com as Ilhas Salomão em muitas ocasiões. Ele defendeu mais uma vez a assinatura do acordo-quadro intergovernamental sobre a cooperação de segurança entre a China e as Ilhas Salomão como um direito de dois Estados soberanos.
"Trata-se de uma cooperação normal em aplicação da lei e segurança, e consistente com o direito internacional e as práticas internacionais habituais", disse Zhao, acrescentando que a cooperação em segurança entre os dois países é aberta e transparente e não mira quaisquer terceiras partes. Prossegue em pararelo à cooperação existente das Ilhas Salomão com outros parceiros e mecanismos regionais e está em conformidade com os interesses comuns das Ilhas Salomão e da região do Pacífico Sul.
"O que realmente precisamos nos preocupar é o fato de que a Austrália, sem comunicação e consulta com os países das Ilhas do Pacífico, reúne blocos militares e estimula a corrida armamentista junto com países como os Estados Unidos e o Reino Unido, e traz riscos de proliferação nuclear para a região do Pacífico Sul", disse Zhao.
"São as ações da Austrália que não foram abertas nem transparentes, com as quais os países da região estão profundamente preocupados", disse Zhao.