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É absurdo culpar a China pelo conflito Rússia-Ucrânia, diz vice-chanceler chinês

Fonte: Diário do Povo Online    07.05.2022 09h53

As acusações contra a China de que o país deveria assumir responsabilidades pela crise na Ucrânia são absurdas, disse na sexta-feira (6) o vice-chanceler chinês, Le Yucheng.

Le fez as observações ao realizar um discurso num diálogo online de think tanks globais de 20 países. Ele observou que algumas pessoas fizeram alegações infundadas sobre a crise na Ucrânia, distorceram a posição da China e tentaram fazer com que a China assumisse a culpa por ações de terceiros.

Ele afirmou que algumas pessoas distorceram as palavras da recente declaração conjunta China-Rússia e interpretaram mal o sentido de "amizade não tem limites e cooperação não tem áreas proibidas", alegando que a China tinha "conhecimento prévio" da operação militar especial da Rússia na Ucrânia e até "endossou" isto. Eles concluíram, portanto, que a China deve ser responsabilizada pelo conflito.

"Isso é um absurdo", defendeu Le, acrescentando que a China não está envolvida no conflito, muito menos o criou. Então, como a China poderia ser responsável?

Le observou que a relação entre a China e a Rússia é baseada nos princípios de não aliança, não confronto e não segmentação de terceiros, e não está sujeita à influência de terceiros. A descrição de "sem limites" e "sem áreas proibidas" captura o estado atual e as perspectivas futuras dos laços China-Rússia.

"A verdade é que a China deseja relações amistosas com todos os países e nunca estabelece nenhum limite à cooperação, nem vê necessidade de fazê-lo", destacou ele.

Em resposta à acusação de que a China estava do lado errado da história por não se juntar aos Estados Unidos e outros países ocidentais na condenação e sanção da Rússia, Le reafirmou que desde o início do conflito Rússia-Ucrânia, a China está comprometida com os propósitos e princípios da Carta da ONU e o princípio da segurança indivisível.

"Nós defendemos a equidade e a justiça, e fizemos esforços ativos para encorajar as negociações de paz e fornecer ajuda humanitária. A China não tem nenhum machado ou agenda geopolítica sobre esta questão", disse ele.

Le lembrou que por algum tempo, os Estados Unidos continuaram flexionando seus músculos na porta da China, criando grupos exclusivos contra a China e inflamando a questão de Taiwan para testar o limite da China.

"Se esta não é uma versão Ásia-Pacífico da expansão da Otan para o leste, então o que é? Tal estratégia, se não fosse controlada, traria consequências horríveis e levaria a Ásia-Pacífico à beira de um abismo", disse ele.

Le enfatizou que a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico e busca harmonia, solidariedade e cooperação na região. A China nunca foi um provocadora ou encrenqueira. Não faz sentido mirar na China. A tentativa de "copiar e colar" a crise da Ucrânia na Ásia-Pacífico definitivamente está fadada ao fracasso.

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