Políticas de cuidados infantis dos EUA ficam para trás da maioria dos países desenvolvidos, diz relatório

Fonte: Xinhua    22.03.2022 13h15

A sociedade americana afirma amar crianças, admirar os pais e reverenciar a família, mas suas políticas públicas enviam uma mensagem oposta, revelou um relatório da UNICEF publicado em junho de 2021 que colocou o país no 40º lugar em cuidados infantis entre os países ricos do mundo, reportou o The Washington Post no domingo.

"É difícil encontrar um trabalho mais importante para o bem-estar e a prosperidade de uma sociedade a longo prazo do que cuidar das crianças. No entanto, a economia de mercado valoriza os trabalhos fora de casa que produz bens, serviços e lucros muito mais do que o trabalho de cuidar dos filhos", aponta a matéria intitulada "Afirmamos que amamos crianças e famílias. Nossas políticas provam o contrário".

Ao contrário de outros países ricos, os Estados Unidos "nunca se adaptaram às necessidades das famílias no mercado de trabalho e na economia de hoje", avalia Olivia Golden, diretora executiva do Centro para Direito e Política Social. "Nunca respondemos a tantas mulheres com crianças pequenas presentes na força de trabalho."

Famílias americanas com renda modesta enfrentam um problema particular no cuidados das crianças. "Os pais estão pagando tanto quanto uma hipoteca ou parcelas de carro - ou mensalidades da faculdade - todos os meses para cuidar das crianças", destaca a senadora, Patty Murray, que preside o Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado dos EUA.

O estudo da UNICEF também revela que os Estados Unidos estão perto do topo na relação de custos de cuidados infantis ao salário médio, expõe a reportagem, observando que cuidados infantis são frequentemente considerados uma "questão das mulheres", mas também devem ser vistos como uma questão familiar e econômica.

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

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