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Divulgação de informações falsas não pode encobrir responsabilidade dos EUA

Fonte: Diário do Povo Online    15.03.2022 10h41

Zhong Sheng, Diário do Povo

Os EUA devem refletir sobre seu papel na crise da Ucrânia, deixar de mentir, enganar e confundir o público.

Recentemente, alguns políticos e meios de comunicação dos EUA fabricaram e espalharam repetidamente informações falsas para difamar a China, servindo-se da questão da Ucrânia. Perante os fatos, tais rumores para fugir às suas próprias responsabilidades são desprezíveis e ineficazes, mantendo o mundo no caos.

A situação na Ucrânia evoluiu até este ponto, algo que a China não deseja. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China sempre agiu de forma objetiva e imparcial e fez julgamentos e afirmações independentes. Resolver a questão ucraniana requer calma e racionalidade. A China acredita que, para resolver a crise atual, devemos aderir aos propósitos e princípios da Carta da ONU, respeitar e proteger a soberania e a integridade territorial de todos os países; aderir ao princípio da indivisibilidade da segurança e acomodar as legítimas preocupações de todas as partes; Devemos concentrar-nos na estabilidade a longo prazo da região e construir um mecanismo de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável. A posição da China é correta e a sua proposta é positiva e construtiva.

Ao promover a resolução da crise ucraniana, a principal prioridade é a busca da paz e promover negociações, em vez de jogar lenha na fogueira. A China está sempre do lado da paz, cooperação, equidade e justiça, apoia quaisquer esforços que ajudem a aliviar a situação e a solução política e se opõe a qualquer ação que não conduza à promoção de uma solução diplomática. A China está em estreita comunicação com todas as partes e tem trabalhado na promoção da paz e de negociações. A abordagem chinesa é responsável e reflete verdadeiramente a responsabilidade de um grande país. Alguns países tentam criar e transferir crises e, por fim, lucrar com elas.

A China não apoia o uso de sanções para resolver a questão da Ucrânia e se opõe ainda mais a sanções unilaterais que não tenham base no direito internacional. As sanções nunca foram uma forma eficaz de resolver os problemas, apenas trarão sérias dificuldades à economia e à subsistência das pessoas dos países em questão e agravarão ainda mais a divisão e o confronto. As sanções não somente criam uma situação econômica de perda coletiva, como também interferem no processo de acordo político. O número de sanções impostas pelos Estados Unidos cresceu dez vezes nos últimos 20 anos, segundo dados divulgados pelo Departamento do Tesouro dos EUA. O número de sanções impostas pelos Estados Unidos durante o último mandato chegou a 3.800, o que equivale a empunhar o "bastão de sanções" em média três vezes ao dia. As sanções unilaterais dos Estados Unidos adicionaram caos ao mundo e causaram violações contínuas e sistemáticas dos direitos humanos. Os EUA devem parar com as sanções indiscriminadas e desistir de sua tentativa ilusória de coagir outros países a fazer coisas a que se opõem.

Alguns políticos e meios de comunicação dos EUA usaram a questão da Ucrânia para fabricar e espalhar informações falsas, e suas rotinas lembraram as pessoas da história vergonhosa dos EUA de mentir e repetidamente lançar guerras com base em rumores. Nos menos de 250 anos desde a fundação dos Estados Unidos, apenas menos de 20 anos se passaram sem lançar operações militares no exterior, e muitos dos nomes usados para intervenções militares são "fake news". Os Estados Unidos usaram inclusive um tubo de ensaio de pó branco como evidência de supostas armas de destruição em massa para lançar ataques militares contra o Iraque, causando um sério desastre ao povo iraquiano. Na Síria, os Estados Unidos usaram a organização "Capacetes Brancos" financiada por agências de inteligência ocidentais para encenar um vídeo de um suposto ataque aéreo.

O ex-embaixador dos EUA na União Soviética George Kennan advertiu o governo dos EUA na década de 1990 que a expansão contínua da OTAN contra a Rússia seria o erro mais mortal na política dos EUA. Como iniciador da crise na Ucrânia, os EUA devem refletir sobre seu papel na crise da Ucrânia, parar de mentir e enganar, confundir as pessoas, assumir suas devidas responsabilidades, tomar medidas práticas para aliviar a situação e resolver o problema. 

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