Ucrânia impõe estado de emergência por tensões com a Rússia

Fonte: Diário do Povo Online    24.02.2022 09h41

O Parlamento ucraniano apoiou na quarta-feira um projeto de lei para introduzir um estado de emergência no país a partir de 24 de fevereiro em meio às tensões em curso com a Rússia, de acordo com o serviço de imprensa do parlamento.

A legislação, que introduz o estado de emergência em todas as regiões ucranianas, exceto nas regiões de Lugansk e Donetsk, atingidas pelo conflito, por 30 dias, foi apoiada por 335 parlamentares no parlamento de 450 assentos.

Nas regiões de Donetsk e Lugansk, onde está em curso uma Operação de Forças Conjuntas, já está em vigor um regime jurídico especial.

De acordo com a agência de notícias Interfax-Ucrânia, o estado de emergência em 22 regiões ucranianas prevê a proibição de reuniões de massa e protestos, a mudança do local de residência dos responsáveis pelo serviço militar e a produção de materiais informativos que possam desestabilizar o situação no país.

A nova lei prevê ainda restrições à liberdade de circulação, inspeções de veículos, instalações e pertences pessoais dos cidadãos, e a introdução de um toque de recolher em caso de necessidade.

Está também prevista a evacuação de moradores de locais onde haja perigo para a vida das pessoas.

O Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia propôs que o parlamento introduzisse um estado de emergência em todo o país devido ao acúmulo de tropas russas perto da fronteira ucraniana.

No início do dia, o Serviço de Guarda de Fronteiras do Estado (SBGS) da Ucrânia impôs medidas especiais nas regiões que fazem fronteira com a Rússia, Bielorrússia e aquelas com acesso ao mar.

As medidas incluem a limitação de circulação de veículos particulares e dispositivos flutuantes, voos de aviões leves e veículos aéreos não tripulados, bem como restrições à filmagem e fotografia de determinados objetos.

Desde novembro, Kiev e alguns países ocidentais acusam a Rússia de reunir tropas pesadas perto da fronteira ucraniana, inclusive na Bielorrússia, com uma possível intenção de "invasão".

Negando qualquer intenção de atacar qualquer país, a Rússia disse ter o direito de mobilizar tropas dentro de suas fronteiras para defender seu território, já que as crescentes atividades militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte perto das fronteiras da Rússia constituem uma ameaça à segurança russa.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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