Chefe do PNUD elogia esforços da China para proteger biodiversidade, depositando grandes esperanças na COP15

Fonte: Xinhua    12.10.2021 14h08

Achim Steiner, administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aplaudiu os esforços da China para proteger a biodiversidade, e expressou grandes expectativas para a 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP15), que começou nesta segunda-feira em Kunming, na China.

Falando à Xinhua via Zoom, Steiner, responsável pelos esforços de desenvolvimento global da ONU, elogiou a China por sua decisão de convocar a conferência das partes sobre diversidade biológica na China.

Sobre os esforços da China para proteger a biodiversidade, ele observou que a rápida industrialização e urbanização na China, como em muitos outros países, levou à perda de sua infraestrutura ecológica nos últimos 30 ou 40 anos. Tendo percebido seu impacto catastrófico, a China tomou muitas medidas "corretivas" para restaurar seus ecossistemas através de "diferentes abordagens de investimento" e políticas para reduzir a destruição e finalmente restaurar a saúde do ecossistema.

Estabelecer linhas vermelhas nos planos de desenvolvimento nacional é uma boa prática, disse Steiner, observando que a China traçou linhas vermelhas muito explícitas em seus planos de desenvolvimento nacional para "ecossistemas críticos", que precisam ser protegidos.

Segundo o chefe de desenvolvimento da ONU, o aspecto mais importante da proteção ecológica da China é que "as pessoas desenvolveram uma consciência de quão importante é a natureza".

"A conscientização pública é fundamental porque, no final das contas, o governo pode regular" em um país com uma população de 1,4 bilhão de pessoas, acrescentou.

Entre as outras observações de Steiner teve o fato de a China plantar árvores nas últimas décadas, que "por si só levou a uma expansão positiva líquida da cobertura florestal na Ásia".

Steiner também falou sobre a proteção dos oceanos, destacando que as pessoas tendem a subestimar a quantidade de poluição química, nitrogênio e outras substâncias perigosas que acabam no mar.

"Mais uma vez, medidas foram tomadas também na China para tentar reduzir esse escoamento" para os oceanos, acrescentou.

Ele também elogiou os esforços da China para combater a poluição do ar e tornar as cidades verdes.

Falando sobre suas expectativas para a COP15, Steiner disse que tem "expectativas muito altas" para o evento, porque "o funcionamento de nossos ecossistemas, claramente a cada ano que está passando, segue movendo-se cada vez mais para uma zona crítica e de perigo".

Relatórios científicos publicados este ano "apontam essencialmente para uma destruição dos próprios fundamentos, que realmente apoiam não apenas a vida natural no planeta, mas também nossas economias, nossa sociedade".

"Acho que a COP15 é um momento vital em que o mundo está realmente sendo pedido para adotar um novo quadro, o quadro global de biodiversidade pós-2020, que permitirá que os países, nacional e internacionalmente, elevem o nível de ambição para que possamos parar com essa destruição da natureza", acrescentou.

O projeto do quadro global de biodiversidade pós-2020 reconhece que, é necessária uma ação política urgente para transformar os modelos econômicos, sociais e financeiros em diversos níveis para que as tendências que agravaram a perda da biodiversidade se estabilizem até 2030, permitindo a recuperação dos ecossistemas naturais nos 20 anos posteriores, com melhorias líquidas até 2050.

"Kunming representa um momento em que você sabe que talvez seja análogo à jornada sobre a mudança climática que o mundo levou duas (a) três décadas para compreender a profunda ameaça ao bem-estar humano e ao nosso futuro das alterações do clima", enfatizou o chefe do PNUD.

"Na verdade, os cientistas muitas vezes falam sobre nós vivendo a sexta crise de extinção na história deste planeta. E esta é em grande parte induzida por humanos. Então, também significa que os humanos podem fazer algo para isso", afirmou.

"Acho que estamos em um ponto em que o mundo também está começando a perceber que os humanos não podem existir no século 21 sem a natureza", acrescentou.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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