Por Yi Fan
Voltando das patrulhas na montanha de neve Xiling, na província de Sichuan, sudoeste da China, o patrulheiro Zhang Xueliang ficou contente ao examinar as fotos dos pandas selvagens capturados pelas câmeras infravermelhas: um vagueando na frente do reservatório da usina hidrelétrica, um pendurado na árvore, e um “roubando” brotos de bambu. Com a expansão da população e do espaço de atividades, os mamíferos fofos passaram de uma espécie “em extinção” para “vulnerável”. Essa mudança se trata de uma amostra dos êxitos que a China conseguiu na conservação da biodiversidade.
Os seres humanos e a natureza são uma comunidade de harmonia. A extinção das espécies, a perda de biodiversidade e a degradação do ecossistema são temas que valem para todos nós refletirmos. A China faz sua parte na governança global da biodiversidade e apresenta um belo resultado na implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, do Acordo de Paris e da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Persistir em design do nível superior
Inspirada pelos conceitos e valores tradicionais como “a convivência harmoniosa entre a humanidade e a natureza” e “a governança deve ir em consonância com as regras da natureza”, a China promove de maneira inovadora a proteção do meio-ambiente. Com a inclusão da civilização ecológica na Constituição da República e no planejamento geral de desenvolvimento nacional, a China tem tratado a conservação da biodiversidade como uma chave para a proteção ecológica e para o desenvolvimento de alta qualidade, e esforça-se a realizar uma modernização que promove a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza. O pensamento de Xi Jinping sobre a civilização ecológica aposta na conservação das águas cristalinas e os montes verdes, considerando-as tão valiosas quanto montanhas de ouro e prata, iniciativa essa já é convertida hoje em consenso e ações de toda a sociedade chinesa.
Contar com políticas bem formuladas e bem implementadas
Com medidas concretas e esforços constantes, já foi estabelecido na China um sistema completo de governança da biodiversidade. A formulação e implementação da Estratégia e Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade da China (2011-2030), a incorporação da proteção da biodiversidade no plano de desenvolvimento econômico e social, e a promulgação de mais de dez leis e regulamentos relevantes fornecem uma sólida garantia institucional para a conservação da biodiversidade. O reforço da conservação e restauração ecológica, em forma de grandes projetos nos biomas como pântanos, florestas, rios, e desertos resulta em um aumento de 70 milhões de hectares da área dos recursos florestais na última década, o maior aumento em todo o mundo.
Foi melhorada a conservação in situ e ex situ, e estabeleceu-se um sistema de áreas naturais protegidas composto principalmente pelos parques naturais. As 11.800 áreas de conservação natural ocupam 18% da superfície terrestre do país, fato que garante assim o alance antes do previsto das metas estipuladas na Convenção sobre Diversidade Biológica(CDB). Com a capacidade reforçada, a China tem estabelecido uma rede da pesquisa e monitoramento da biodiversidade e fortalecido a inspeção e supervisão por meio de sensoriamento remoto por satélite e lançou operações particulares para combater as irregularidades.
Destacar o multilateralismo e a cooperação internacional
O meio ambiente é estreitamente ligado ao bem-estar das pessoas de todos os países e a conservação da biodiversidade não teria sucesso sem a cooperação internacional. Como um dos primeiros países signatários a ratificar a CDB, a China tem praticado proativamente o multilateralismo e promovido com grande esforço a cooperação internacional. O íbis-do-japão (Nipponia nippon) é uma ave aquática que vive na China, Japão e República da Coreia. Depois de encontrar as últimas e únicas sete aves da espécie do mundo em seu território em 1981, a China assinou atos de cooperação para a conservação da ave com o Japão e a República da Coreia. Graças aos esforços conjuntos dos três países, a população da ave já recuperou para mais de 7 mil hoje. Em 2018, a China estabeleceu a Aliança Internacional para Megadados em Biodiversidade e Saúde, e tem trabalhado com países parceiros do Cinturão e Rota para construir um centro de megadados a nível mundial sobre biodiversidade, aproveitando a rede de centros de dados para melhorar a biodiversidade.
Entre os dias 11 e 15 de outubro do ano corrente, a China sediará a COP 15 em Kunming, Província de Yunnan, ocasião na qual os dirigentes participantes vão abordar novas estratégias de governança global da biodiversidade. Sob o lema “Civilização Ecológica: Construindo um Futuro Compartilhado para Toda a Vida na Terra”, a primeira conferência global sob o tema da civilização ecológica realizada pelas Nações Unidas destaca a aspiração dos povos pela formação conjunta de um futuro compartilhado para toda a vida na Terra.
Na segunda fase da COP 15, que terá lugar no ano que vem, será discutida a elaboração do “Marco Global da Biodiversidade pós-2020”, um novo plano de ação global e nova orientação para a conservação da biodiversidade para a próxima década. Como anfitriã, a China vai compartilhar com todas as partes as experiências e explorar juntos o futuro da governança da biodiversidade e do desenvolvimento da civilização ecológica, com vistas a contribuir com a sabedoria e proposta chinesas para a conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento sustentável do mundo.
Como diz um provérbio chinês, “Com mesma determinação e esforços conjuntos, conseguimos até mover montanhas.” Ainda temos um longo caminho para percorrer na conservação da biodiversidade. Só quando os países reunirem consensos e formarem sinergias para melhorar a governança global da biodiversidade é que podemos construir um lar belo de convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza.