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China recupera antílopes tibetanos

Fonte: CRI Português    12.10.2021 10h29

Todas as manhãs de maio e junho de cada ano, o protetor Long Zhou Caijia usa um telescópio para observar a migração dos antílopes tibetanos. Quando um bando da espécie passa, os guardiões fazem parar os veículos.

No entanto, nas décadas de 1980 e 1990, o animal que vive no planalto há 2,6 milhões de anos quase ficou extinto em função da caça para produção de xales, cujo preço era entre US$ 5 mil e 30 mil. Entre 200 mil a 300 mil antílopes tibetanos foram mortos.

Em 1988, a China promulgou a "Lei de Proteção aos Animais Selvagens", mas os caçadores ilegais se tornaram mais astutos e cruéis. Alguns protetores da vida selvagem foram mortos durante o trabalho. Ao mesmo tempo, mais ações de proteção foram tomadas e maior quantidade de equipamentos mais avançados foram usados para preservar os antílopes tibetanos. O governo lançou prêmios e subsídios. Desde 2016, mais de 900 mil novos empregos foram criados perto do habitat da espécie. Os pastores passaram a ser guardas florestais, de zonas úmidas e de espécies selvagens.

Os construtores da rodovia Qinghai-Tibete projetaram rotas que contornam o habitat e construíram viadutos para não perturbar os animais, cuja migração é acompanhada por drones e a estação de TV nacional. Os cientistas usam o satélite Beidou para realizar pesquisas.

O esforço não foi em vão. Não ocorre nenhuma caça ilegal de antílopes tibetanos há mais de 10 anos. O número da espécie aumentou de 70 mil, no final do século passado, para atuais 300 mil. Em 2015, o Ministério de Proteção Ambiental da China removeu o antílope tibetano da lista de espécies ameaçadas.

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