Kim Jong Un, o mais alto líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), pediu a restauração das linhas diretas intercoreanas no início de outubro se a Coreia do Sul mudar sua atitude confrontativa e habitual em relação à Pyongyang, divulgou nesta quinta-feira a oficial Agência Central de Notícias da Coreia.
Kim proferiu o discurso no segundo dia da 5ª Sessão da 14ª Assembleia Popular Suprema na quarta-feira.
Ele expressou a vontade de ver a restauração, no início de outubro, das linhas de comunicação norte-sul que haviam sido interrompidas devido à deterioração das relações intercoreanas, como parte dos esforços para realizar as expectativas e o desejo de toda a nação coreana de ver a recuperação das relações norte-sul do atual impasse o mais breve possível, de acordo com a reportagem.
Entretanto, é importante para as autoridades sul-coreanas mudar sua atitude confrontativa e habitual em relação à RPDC, manter a posição de independência nacional através de práticas em vez de palavras, lidar com as relações intercoreanas com o objetivo de resolver as questões essenciais, bem como valorizar e implementar sinceramente as declarações norte-sul, ressaltou Kim.
Ele disse que as atuais relações intercoreanas estão em um ponto crítico de sérias escolhas - quer para avançar em direção à reconciliação e cooperação após o aquecimento das atuais relações resfriadas, quer para sofrer com a divisão nacional em meio a um círculo vicioso de confrontação. Kim apontou as questões de princípio para a solução fundamental das relações.
Ele também ressaltou que os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão recentemente destruindo a estabilidade e o equilíbrio ao redor da Península Coreana e causando perigos mais complicados de conflito entre o norte e o sul através do acúmulo excessivo de armas e atividades militares aliadas que despertam preocupações.
No seu discurso, Kim analisou a atual situação política internacional, dizendo que o mundo está enfrentando muitas crises e desafios sérios, dos quais o perigo fundamental consiste nas práticas imperiosas e arbitrárias dos Estados Unidos e das forças vassalas, que destroem os alicerces da paz e estabilidade internacionais.
As relações intercoreanas permaneceram frias desde a cúpula entre a RPDC e os Estados Unidos no início de 2019, que não chegou a nenhum acordo. As linhas diretas intercoreanas voltaram a funcionar brevemente no final de julho, mas a RPDC começou a recusar novamente as ligações regulares de Seul duas semanas mais tarde em protesto contra os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e Estados Unidos.