O embaixador chinês nos Estados Unidos, Qin Gang, pediu na segunda-feira a Washington que "se esforce sinceramente" para melhorar os laços bilaterais, enfatizando o papel da cooperação econômica e comercial como "o lastro e a hélice" das relações China-EUA.
"Se compararmos as relações China-EUA a um navio gigante, a cooperação econômica e comercial tem sido seu lastro e sua hélice. Quando o navio navega contra ventos fortes e ondas enormes, precisamos adicionar mais força ao lastro e à hélice", explicou Qin durante uma reunião virtual com membros da diretoria do Conselho Empresarial EUA-China (USCBC, na sigla em inglês), com a presença de CEOs de algumas das maiores corporações dos EUA.
Citando a última pesquisa do USCBC, Qin disse que as incertezas causadas pelas dificuldades e desafios enfrentados pelas relações China-EUA têm sido os mais preocupantes para a comunidade empresarial americana.
"O que posso oferecer é a certeza do lado chinês. A economia da China é promissora, seu potencial de mercado é enorme e sua porta de abertura só se abrirá ainda mais", disse Qin, acrescentando que a China continuará a acolher empresas americanas no mercado chinês.
"Para ser franco, as dificuldades e incertezas na cooperação comercial e empresarial China-EUA não vêm do lado chinês", afirmou.
Qin observou que a China tem implementado fielmente a primeira fase do acordo comercial mesmo com a pandemia, enquanto o lado americano tem continuado a impor sanções e restrições à China, inclusive colocando mais de 900 entidades chinesas em várias listas de restrições.
"Isto afetou diretamente a capacidade e a intenção das empresas chinesas de fazerem compras com EUA e teve um impacto negativo na implementação do acordo", disse.
"Espero que o lado americano chegue a um meio termo com a China, siga os princípios de respeito mútuo, igualdade e benefício recíproco, e se esforce sinceramente para melhorar as relações China-EUA", disse o embaixador chinês.