O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, confirmou nesta quarta-feira a aplicação de uma terceira dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 a partir de 15 de setembro para idosos e pessoas imunossuprimidas.
A decisão foi tomada depois de uma reunião na noite dessa terça-feira com técnicos do Ministério da Saúde e representantes da OPAS (Organização Pan-americana de Saúde).
Segundo o ministro, a exposição ao vírus e o envelhecimento do sistema imunológico justificam que esses dois públicos sejam os primeiros a receber o reforço da vacina.
A preocupação das autoridades sanitárias é com o avanço da variante Delta, cada vez mais disseminada no país.
Segundo o ministro, a partir de 15 de setembro, os estados brasileiros receberão as doses de reforço para os imunossuprimidos (pessoas com câncer ou transplantadas, com queimaduras graves, etc) que tenham tomado a segunda dose há pelo menos 21 dias e os maiores de 70 anos que tenham sido imunizados há seis meses.
A data foi escolhida porque, segundo Queiroga, pelos cálculos do ministério da Saúde, toda a população com mais de 18 anos já vai ter sido vacinada com pelo menos a primeira dose.
O ministro acrescentou que a expectativa é que todos os maiores de 18 anos estejam vacinados com duas doses até o final de outubro, uma antecipação na estimativa anterior, que era dezembro.
O ministério da Saúde espera a conclusão de um estudo para decidir como se aplicará a terceira dose nos profissionais sanitários e nos menores de 70 anos.
Também está em estudo a possibilidade de uma imunização cruzada entre as vacinas, mas isso só seria feito em caso de necessidade.
Até o momento, 126.643.511 pessoas, o que corresponde a 59,81% da população foram vacinadas com a primeira dose, enquanto outras 57.687.624 (27,24% da população) já receberam as duas doses ou a dose única, de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa com base em dados das secretarias estaduais de saúde.
Segundo o balanço do ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira foram notificadas mais 903 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos a 576.645.
Ainda segundo o governo, de terça para quarta-feira foram contabilizados mais 30.671 novos diagnósticos de Covid-19, o que levou o total de infectados desde março de 2020 subir para 20.645.537.