A Assembleia do estado de Nova York suspenderá sua investigação de impeachment contra o governador de Nova York, Andrew Cuomo, após sua renúncia entrar em vigor no dia 25 de agosto, disse na sexta-feira o presidente da Assembleia de Nova York, Carl Heastie.

Cuomo anunciou sua renúncia na terça-feira.

A renúncia do governador responde à diretriz da investigação de impeachment, que era para determinar se Cuomo deveria permanecer no cargo, disse Heastie.

Além disso, a constituição do estado de Nova York não autoriza o legislativo a seguir com impeachment e destituir um funcionário eleito que não está mais no cargo, de acordo com Heastie.

Heastie acrescentou que a investigação pelo Comitê Judiciário da Assembleia nos últimos meses revelou evidências críveis em relação às alegações que foram feitas em referência a Cuomo.

"Esta evidência diz respeito não apenas ao assédio sexual e má conduta, mas também ao uso indevido de recursos do estado em relação à publicação das memórias do governador, bem como à divulgação indevida e enganosa de dados de lares de idosos durante a pandemia de Covid-19", disse Heastie em um comunicado.

Essa evidência provavelmente poderia ter resultado em artigos de impeachment se Cuomo não tivesse renunciado, de acordo com Heastie.

Cuomo renunciou após um relatório de investigadores independentes nomeados pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que concluiu que Cuomo assediou sexualmente várias mulheres de 2013 a 2020.

Anteriormente visto como uma estrela política em ascensão do Partido Democrata, Cuomo trabalha como governador de Nova York desde janeiro de 2011 e seu terceiro mandato terminará no final de 2021.