China promete continuar rastreamento de origem da COVID-19 baseado em ciência

Fonte: Xinhua    16.08.2021 08h24

A China prometeu nesta sexta-feira continuar sua participação no rastreamento de origem da COVID-19 com base na ciência, instando o Secretariado da OMS a consultar plenamente os Estados-membros sobre o plano de trabalho global para o tema e realizar uma cooperação eficaz.

O vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, fez as observações em uma coletiva realizada para enviados estrangeiros na China dedicados ao rastreamento das origens do vírus da COVID-19.

"A posição da China sobre o rastreamento de origem global tem sido consistente e clara", disse Ma. Ele ressaltou que o tema é uma questão de ciência. Apenas os cientistas devem e podem identificar, através de pesquisas científicas, a fonte zoonótica do vírus e as rotas de transmissão animal-humana.

"Nenhum país tem o direito de colocar seus próprios interesses políticos acima da vida das pessoas, nem uma questão de ciência deve ser politizada com o propósito de difamar e atacar outros países", disse ele.

Ele disse que as conclusões e recomendações do relatório de estudo conjunto OMS-China são amplamente reconhecidas pela comunidade internacional e pelos cientistas, e devem ser respeitadas e implementadas por todas as partes, incluindo a OMS.

O trabalho futuro de rastreamento global de origem deve e tem de proceder a partir dessa base, em vez de reinventar a roda, disse ele.

"A China sempre apoia e continuará a participação no rastreamento de origem baseado na ciência", disse Ma, acrescentando que o que a China se opõe é politizar o rastreamento de origem, o que vai contra a resolução da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) e desconsidera o relatório conjunto do estudo.

Ele disse que o Secretariado da OMS deve agir sobre a resolução da AMS, realizar uma consulta minuciosa com os Estados-membros sobre o plano de trabalho global de rastreamento de origem, incluindo o mecanismo de acompanhamento, e respeitar plenamente as opiniões dos Estados-membros. O plano de rastreamento de origem envolvendo um determinado país deve ser decidido por meio de consulta com o país em questão.

Observando que a China atribui grande importância ao estudo global de rastreamento de origens, Ma disse que o país tem cooperado ativamente com a OMS no rastreamento de origem desde os primeiros dias do surto, acrescentando que a China publicou o sequenciamento do genoma do novo coronavírus na primeira oportunidade disponível, e convidou duas vezes especialistas da OMS para atividades de rastreamento de origem.

A China está implementando ativamente as recomendações do relatório de pesquisa conjunta e está disposta a compartilhar seus resultados em pesquisas de rastreamento de origem com outras partes, disse Ma.

"Qualquer tentativa de derrubar ou distorcer as conclusões do relatório do estudo conjunto é manipulação política e desrespeito aos cientistas globais e à ciência", disse Ma.

Ele apontou que os Estados Unidos ignoraram os fatos e acusaram a China de se recusar a cooperar no rastreamento da origem. Isso equivale a chamar o branco de preto e confundir o certo com o errado.

"O rótulo de 'recusar o rastreamento de origem' nunca pode ser fixado na China. Em vez disso, é muito apropriado para os próprios Estados Unidos", disse ele.

Ele disse que o lado dos EUA não só usa secretamente vários meios para coagir e pressionar o Secretariado da OMS e especialistas internacionais, mas também usa abertamente agências de inteligência para conduzir o rastreamento de origem.

É um completo erro de cálculo tentar usar a "presunção de culpa" no trato com a China, acrescentou.

Ma disse que não é científico nem moral para os Estados Unidos divulgar exageradamente o chamado vazamento do vírus do Instituto de Virologia de Wuhan sem nenhuma base factual.

Se os EUA não abrigam uma consciência culpada, devem convidar a OMS a conduzir investigações de rastreamento de origem em seu Fort Detrick e na Universidade da Carolina do Norte, acrescentou Ma.

Andrey Denisov, embaixador russo na China, expressou a oposição de seu país à politização do rastreamento de origem e seu apoio a uma abordagem colaborativa, transparente e multilateral a esses estudos.

Awale Ali Kullane, embaixador da Somália na China, disse que a pesquisa de rastreamento de origem deve ser realizada de acordo com os requisitos relevantes das resoluções da AMS.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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