Administração Biden emite nova moratória de despejo em meio à pressão e aumento de Covid-19

Fonte: Xinhua    06.08.2021 09h52

Enfrentando a pressão crescente de legisladores democratas progressistas e o pico da pandemia de coronavírus, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu na terça-feira uma nova moratória de despejo de 60 dias para evitar que milhões de locatários americanos sejam forçados a saírem de suas casas.

A moratória "temporária", emitida pelos Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), expirará no dia 3 de outubro. Visando áreas com transmissão alta ou substancial de Covid-19, cobre 80 por cento dos condados dos EUA e 90 por cento da população dos EUA.

"O surgimento da variante Delta levou a uma rápida aceleração da transmissão comunitária nos Estados Unidos, colocando mais americanos em maior risco, especialmente se não forem vacinados", disse na terça-feira a diretora do CDC, Rochelle Walensky.

"Esta moratória é o certo a se fazer para manter as pessoas em suas casas e fora dos ambientes congregados onde o Covid-19 se espalha", afirmou.

A nova ordem é limitada e direcionada, separada da moratória de despejo anterior da agência que expirou no dia 31 de julho, afirmou o CDC.

No entanto, a nova moratória de despejo pode enfrentar desafios legais, uma vez que a Suprema Corte decidiu em junho que o CDC extrapolou sua autoridade ao criar tais políticas e qualquer extensão adicional exigiria autorização do Congresso.

A Casa Branca afirmou na segunda-feira que o CDC foi "incapaz de encontrar autoridade legal para uma nova moratória de despejo direcionada", pedindo ao Congresso para agir "rapidamente".

No entanto, os líderes democratas da Câmara disseram repetidamente que "está claro" que o Senado dividido uniformemente não estenderá a moratória de despejo, pedindo a Casa Branca para tomar uma ação unilateral.

No início da terça-feira, legisladores democratas protestaram do lado de fora do Capitólio dos EUA, pedindo ao governo Biden para agir a respeito desta questão.

Biden disse a repórteres na tarde de terça-feira que não tem certeza se a nova ordem será aprovada na avaliação constitucional, mas qualquer litígio "provavelmente dará algum tempo adicional" para que os fundos de assistência para aluguel fluam.

"Qualquer pedido de moratória com base na decisão recente da Suprema Corte provavelmente enfrentará obstáculos. Eu indiquei ao CDC que gostaria de examinar outras alternativas", disse o presidente.

A moratória de despejo anterior foi creditada por manter mais de 2 milhões de inquilinos em suas casas durante a pandemia que assolava todo o país, de acordo com relatos da mídia local.

(Web editor: Milena Wang, Renato Lu)

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