O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, refutou firmemente as observações feitas pelos Estados Unidos e Japão sobre os assuntos relacionados a Xinjiang e Hong Kong e seus ataques contra a China por motivos de direitos humanos.

Isso se produziu quando Wang pediu a palavra por uma segunda ocasião em resposta às acusações antes mencionadas, logo depois que pronunciou um discurso sobre a cooperação na Ásia Oriental via videoconferência na 11ª Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Cúpula da Ásia Oriental.

Assinalando que estas observações difamatórias são um clichê que não vale a pena refutar de nenhuma maneira e que os países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) não ecoaram, Wang assinalou que entretanto a China certamente tem direito de fazer uma refutação com base no princípio de reciprocidade.

Como os assuntos relacionados a Xinjiang e Hong Kong são todos os assuntos internos da China, Wang disse que fazer comentários irresponsáveis sobre os assuntos internos da China violou seriamente as normas básicas que regem as relações internacionais e prejudicou o princípio da igualdade soberana.

"Por este tipo de comportamento abominável faremos resolutamente uma refutação cada vez que se apresentar", acrescentou Wang.

Nos últimos anos, o grupo étnico uigur de Xinjiang duplicou sua população, aumentou constantemente sua renda ano a ano e elevou seu nível educativo, disse Wang. "Como é possível que exista o chamado 'genocídio'?".

Wang disse que o prévio assassinato massivo exercido pelos Estados Unidos contra os índios americanos é o verdadeiro genocídio, e que as mortes civis massivas sofridas por civis inocentes como resultado das campanhas bélicas dos Estados Unidos em todo o mundo são crimes contra a humanidade no nome e de fato.

Wang disse que o governo de Xinjiang refutou em repetidas ocasiões todos os tipos de mentiras usando fatos e dados. As minorias étnicas em Xinjiang, incluindo o grupo étnico uigur, elevaram a voz e utilizaram sua própria experiência para lutar contra todos os tipos de desinformação.

"No entanto, os Estados Unidos fizeram uma vista grossa e ouvidos surdos ante isto. Onde está sua consciência? Onde está sua credibilidade?", perguntou Wang, acrescentando que a paranoia mostrada pelos Estados Unidos é a típica arrogância e impertinência de estilo ocidental.

Wang disse que a promulgação da lei de segurança nacional em Hong Kong e a reforma do sistema eleitoral restabeleceram a estabilidade e melhoraram o Estado de direito em Hong Kong, e garantiram os legítimos direitos e interesses dos residentes de Hong Kong e de todas as pessoas que vivem em Hong Kong, fazendo que o princípio "um país, dois sistemas" avance com passo firme e longe. Wang acrescentou que 70% da população de Hong Kong está satisfeita com a situação atual.

"Agora vocês estão expressando suas chamadas preocupações. O que os preocupam? Desejam que Hong Kong retorne ao caos e aos distúrbios e que as forças que procuram a 'independência de Hong Kong' tomem as ruas de novo? É isso o que desejam?", perguntou Wang.

"Quero deixar isto claro: não façam ilusões sobre esta ideia. É impossível que vejam esse dia!", disse Wang.