Chamado relatório dos congressistas dos EUA sobre origem da COVID-19 não é credível, diz porta-voz

Fonte: Xinhua    04.08.2021 10h37

O chamado relatório sobre o rastreamento da origem da COVID-19 por congressistas dos EUA é totalmente baseado nas mentiras inventadas e fatos distorcidos sem fornecer nenhuma evidência, o que não é credível nem científico, declarou na terça-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

No dia 2 de agosto, o representante Michael McCaul, principal republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, divulgou um relatório afirmando que há uma preponderância de evidências de que o vírus vazou do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV, em inglês) em algum momento antes de setembro de 2019. Também alegou que o WIV, auxiliado por especialistas dos EUA e fundos dos governos chinês e norte-americano, estavam conduzindo pesquisas de ganho de função.

Em resposta, o porta-voz disse que o relatório relevante, totalmente baseado nas mentiras inventadas e fatos distorcidos sem fornecer nenhuma evidência, não é credível nem científico. O que os congressistas pertinentes dos EUA têm feito difama e calunia a China em busca de ganhos políticos. "Expressamos oposição categórica e forte condenação a tais atos desprezíveis que não têm nenhum resultado moral", afirmou o porta-voz.

Segundo ele, em fevereiro deste ano, uma equipe conjunta de especialistas China-OMS visitou o WIV e teve intercâmbios francos e profundos com especialistas locais. Os membros da equipe conjunta de especialistas elogiaram a abertura e transparência do instituto, e chegaram a uma conclusão importante no relatório de estudo conjunto de que a acusação de vazamento de laboratório é extremamente improvável.

O porta-voz acrescentou que em 2003, o lado norte-americano usou um tubo de ensaio de sabão em pó como prova da posse de armas de destruição em massa pelo Iraque. Não é preciso ir muito longe para obter uma lição e a comunidade internacional não deve permitir que tal coisa volte a acontecer.

"Deve-se ressaltar que a manipulação política do rastreamento de origens pelo lado norte-americano atraiu uma rejeição esmagadora da comunidade internacional. Até agora, 70 países expressaram oposição à politização do rastreamento de origens e enfatizaram a importância de defender o relatório de estudo conjunto China-OMS por meio de enviar cartas ao diretor-geral da OMS e emitir comunicados. Isso mostra que as pessoas lúcidas em todo o mundo podem distinguir o certo e o errado. Os Estados Unidos devem ouvir essas vozes objetivas e imparciais."

Se esses congressistas dos EUA têm um senso de responsabilidade, mesmo que seja um pouco disso, por seu próprio povo, eles devem exortar o governo norte-americano a publicar o mais rápido possível os registros médicos das pessoas infectadas nos surtos inexplicáveis de doenças respiratórias na Virgínia e no EVALI em grande escala em Wisconsin e Maryland em 2019, e dos soldados dos EUA que adoeceram durante os Jogos Mundiais Militares em Wuhan, além de permitir uma investigação internacional completa no laboratório de Fort Detrick e nos mais de 200 laboratórios biológicos dos EUA no exterior, apontou o porta-voz.

"Quanto às pesquisas de ganho de função sobre coronavírus, os Estados Unidos forneceram mais recursos e conduziram mais experimentos nesta área do que qualquer outro. Por que os congressistas não descobrem se existe tal pesquisa no país e se ela pode ou não criar o novo coronavírus?"

O porta-voz exigiu que os Estados Unidos respeitem os fatos e a ciência e se concentrem na luta contra a COVID-19 e em salvar vidas, em vez de se envolverem na manipulação política sob o pretexto da epidemia e passar a culpa para os outros.

(Web editor: Milena Wang, 符园园)

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