A China pede que os países ocidentais relativos respondam seriamente às preocupações da comunidade internacional, refletam profundamente sobre si mesmos e tomem medidas concretas para lidar com a questão do racismo e discriminação racial sistêmicos, disse na terça-feira Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
O porta-voz fez os comentários em uma coletiva de imprensa diária quando solicitado a comentar sobre o racismo e discriminação racial sistêmicos nos países ocidentais, o que recebeu grande atenção na 47ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
O conselho manteve na segunda-feira um diálogo interativo sobre a proteção dos direitos humanos dos africanos e dos afrodescendentes. Os países em desenvolvimento denunciaram o racismo e a discriminação racial sistêmicos e apelaram à comunidade internacional para intensificar os esforços para combater a discriminação e a violência contra os descendentes africanos e asiáticos, disse Zhao.
Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que a negação da responsabilidade histórica por países que se beneficiaram da escravidão, do tráfico transatlântico de escravos e do sistema colonial foi uma causa importante do racismo e da violência racial galopantes.
Bachelet também observou que os países envolvidos devem tomar medidas substantivas para mudar os mecanismos e medidas discriminatórias, responsabilizar as pessoas por crimes racistas e fornecer indenizações às vítimas, a fim de alcançar a igualdade racial e a justiça o mais cedo possível.
"Pedimos que os países ocidentais relativos respondam seriamente às preocupações da comunidade internacional, refletam profundamente sobre si mesmos e tomem medidas concretas para lidar com a questão do racismo e discriminação racial sistêmicos, de modo a não apenas promover e proteger os direitos humanos domesticamente, mas também contribuir para o desenvolvimento saudável da causa internacional dos direitos humanos," disse Zhao.
A sessão do Conselho de Direitos Humanos na segunda-feira também adotou uma resolução destacando que o desenvolvimento e a realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais são interdependentes e se reforçam mutuamente.
Copatrocinada pela China e vários outros países, a resolução, intitulada "A contribuição do desenvolvimento para o gozo de todos os direitos humanos", enfatiza o importante papel do desenvolvimento inclusivo e sustentável na promoção e proteção dos direitos humanos.
"O desenvolvimento é o eterno tema da sociedade humana e a chave para resolver todos os problemas. Somente com um melhor desenvolvimento os direitos humanos podem ser melhor promovidos e protegidos", observou Zhao.
"Esperamos que a resolução ajude todas as partes a construir consenso e promover conjuntamente o desenvolvimento sustentável e o desfrute universal dos direitos humanos", disse Zhao.