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China combate com sucesso ameaças à vida selvagem

Fonte: Diário do Povo Online    09.07.2021 10h48

Por Wan Yu, Diário do Povo

Gato do deserto fotografado no parque nacional da montanha Qilian, em Qinghai. Foto: Song Dazhao

Com o aumento da importância da proteção do meio ambiente e biodiversidade na China, cada vez mais animais selvagens ameaçados se tornam mais numerosos, demonstrando que o ambiente natural da China melhorou significativamente. Os pandas gigantes que antes estavam ameaçados de extinção, estão agora aumentando gradualmente nos seus habitats naturais, passando oficialmente de ameaçados a vulneráveis.

Em 7 de julho, o Escritório de Informação do Conselho de Estado da China deu uma entrevista coletiva para apresentar o Fórum Internacional de Guiyang para a Civilização Ecológica 2021. Em resposta à pergunta de um repórter, Cui Shuhong, diretor do Departamento de Proteção da Ecologia Natural do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, disse que, nos últimos tempos, têm saído várias notícias sobre a biodiversidade no país. Durante as Duas Sessões deste ano, representantes da delegação Qinghai apresentaram fotos de gatos do deserto tiradas na Reserva da Montanha Qilian. 

Os gatos do deserto são conhecidos como um dos felinos mais misteriosos do mundo. A densidade da distribuição deste animal é extremamente baixa, com poucos registros de avistamento ao longo dos anos.

Em março deste ano, vários fotógrafos de vida selvagem capturaram imagens de três calaus-de-pescoço-castanho nas florestas da Prefeitura Autônoma das Etnias Bai e Jingpo de Dehong, na província de Yunnan, a uma altitude de mais de 2.000 metros, nas montanhas do condado de Yingjiang. O calau-de-pescoço-castanho é um animal nacional protegido de primeira classe e está listado no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção. A última vez que foi fotografado foi na década de 1980.

Há relatos de animais selvagens raros e ameaçados de extinção, como pandas gigantes selvagens e leopardos-das-neves surgindo com cada vez mais frequência. Relatos de tigres siberianos entrando em Heilongjiang e elefantes asiáticos migrando para norte em Yunnan atraíram a atenção dos internautas. Recentemente, a baleia-de-Bryde apareceu novamente na baía de Dapeng em Shenzhen.

Cui Shuhong disse que a ocorrência dos fenômenos descritos refletem, em certa medida, as conquistas da China na conservação da biodiversidade e restauração ecológica. A China estabeleceu um sistema relativamente completo de reservas naturais, grandes áreas de ecossistemas naturais foram sistemática e completamente protegidas e os habitats da vida selvagem têm sido eficazmente recuperados. 

As condições de vida de espécies raras e ameaçadas de extinção, como pandas selvagens, antílopes tibetanos e alces, foram melhoradas. As populações de algumas espécies raras e ameaçadas de extinção recuperaram gradualmente e o número de tigres siberianos, leopardos siberianos, elefantes asiáticos e íbis-de-crista aumentaram significativamente. O número de pandas gigantes na natureza atingiu os mais de 1.800 espécimes, e o nível de ameaça foi reduzido de ameaçado para vulnerável.

Cui Shuhong disse que, primeiramente, o processo de integração da biodiversidade acelerou significativamente. Como parte importante da construção da civilização ecológica, a proteção da biodiversidade tem sido gradualmente incorporada em vários projetos nacionais. Por exemplo, o plano de desenvolvimento econômico e social nacional manterá a biodiversidade como uma tarefa chave para a proteção e restauração ecológica. 

A "Estratégia e Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade da China (2011-2030)" serve como um documento programático para orientar o trabalho de conservação da biodiversidade de médio e longo prazo na China. Em junho de 2020, foi lançado o "Plano Diretor Nacional para a Proteção de Ecossistemas Importantes e Grandes Projetos (2021-2035)", o qual prevê o fortalecimento abrangente da proteção e restauração dos ecossistemas e da biodiversidade.

Em segundo lugar, o sistema de linha vermelha para a proteção ecológica foi firmemente estabelecido. De momento, o delineamento da linha vermelha de proteção ecológica na China foi praticamente concluído. A proporção da linha vermelha de proteção ecológica nacional inicialmente delineada não deverá ser inferior a 25% da área terrestre, cobrindo as principais áreas ecológicas sensíveis e frágeis.

O terceiro é a melhoria contínua das redes de proteção in-situ e ex-situ. No final de 2019, a China tinha 11.800 reservas naturais de vários tipos, com uma área total de mais de 170 milhões de hectares, representando 18% da área terrestre do país. Enquanto isso, foram estabelecidos vários tipos de jardins botânicos e bases de criação de animais selvagens, o que tornou a criação artificial de um grande número de plantas e animais selvagens raros e ameaçados de extinção com sucesso.

Quarto, um progresso significativo foi firmado na proteção e restauração de ecossistemas. Tem sido promovido e implementado continuamente um grande número de projetos importantes de proteção e restauração ecológica, como a proteção de florestas naturais, devolução de terras agrícolas a florestas e pastagens e a proteção e restauração de áreas úmidas. 

A taxa de cobertura florestal continua a aumentar e a quantidade de terras degradadas vem diminuindo. As 332 reservas de vida aquática na bacia do rio Yangtze implementaram totalmente a proibição de pescas. A partir deste ano, uma proibição de dez anos às pescas será implementada nas principais águas da bacia do rio Yangtze.

Quinto, a supervisão e a aplicação da lei têm sido continuamente fortalecidas. Por meio da aplicação conjunta de leis departamentais, regionais e internacionais, iremos reprimir severamente atos ilegais e criminosos contra a biodiversidade. Em 2019, havia quase 10.000 casos ilegais envolvendo animais selvagens em todo o país. Por meio de repressões severas, o número total de casos ilegais envolvendo animais selvagens continuou a diminuir. De 2017 a 2019, foram combatidas 5.503 operações ilegais de mineração, construção ilegal de fábricas em 342 reservas naturais nacionais, construção ilegal de instalações turísticas e pequenas centrais hidrelétricas em áreas protegidas foram descobertas, o que danificou gravemente o ambiente ecológico. 

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