A China apelou à comunidade internacional para monitorar o tráfico humano no Reino Unido e nos EUA e pressionar para que o problema seja resolvido.
Beijing, acusada de facilitar o trabalho forçado na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, expressou "sérias preocupações" nos dois países supramencionados.
Em uma declaração no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o representante da China citou relatos de que até 100.000 pessoas por ano foram traficadas para cada país, muitas delas acabando em situação de indigência.
"A China pede à comunidade internacional que preste atenção às questões de tráfico humano nos EUA e no Reino Unido e ajude a instar os dois países a tomarem medidas eficazes para combater o problema", indica o comunicado.
Em 2019, mais de 4.000 vítimas e sobreviventes de tráfico contataram uma linha de apoio do Polaris Project nos EUA, 20% a mais que no ano anterior.
“O tráfico de pessoas é notoriamente desvalorizado”, observa o site. "Por mais chocantes que sejam, os números são provavelmente apenas uma fração do problema real".
No início deste mês, os líderes dos países do G7, após se reunirem no Reino Unido, prometeram pressionar a China sobre questões de direitos humanos.