A embaixadora de Moçambique na China, Maria Gustava, disse à Xinhua que as conquistas do Partido Comunista da China (PCCh) nos últimos 100 anos desde a sua fundação são notáveis e estabeleceram um modelo de como os países, especialmente os africanos, respondem aos desafios das mudanças mundiais.

"Eu estou na China como embaixadora há três anos, é um tempo bastante para conhecer o PCCh. É um partido do povo e um partido solidário com povos de outros países, e tem contribuído bastante para a paz e o progresso mundial", destacou Gustava.

Segundo a diplomata, o PCCh e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) têm uma relação histórica de irmandade muito profunda. Os laços vêm desde o tempo em que a Frelimo lutava pela liberdade e os membros do PCCh foram para Moçambique ajudar e treinar os membros do partido local. "Eles estiveram com membros da Frelimo, a viverem com eles como irmãos e ensinar mesmo não só em termos de técnicas de luta mas também a trabalhar com eles na agricultura e na formação de quadros, o que significa que essa relação é muito profunda e grande e nós temos visto mesmo depois da nossa independência", conta Gustava.

Graças à liderança do PCCh que está a frente do destino desta grande nação, e ao coeso povo chinês, a China realizou conquistas notáveis durante cem anos, salientou Gustava. Além de se tornar a segunda maior economia do mundo, a China resolveu o problema da pobreza este ano, o que foi uma grande conquista, elogiou.

"A pobreza é o inimigo número 1 do meu país. Temos grande população sobretudo nas zonas rurais que estão a viver na extrema pobreza. Então nós estamos prontos a trabalhar com a China a saber qual é o segredo para esta grande conquista que é um grande desafio para o nosso país", disse a embaixadora.

"Uma das coisas grandes que aprecio da China é a vontade de abertura e de partilhar as suas experiências com os outros países, contribuindo dessa forma também para o desenvolvimento harmonioso do mundo", acrescentou.

Sobre a pandemia de COVID-19, Gustava elogiou as respostas rápidas e medidas científicas que a China tomou pela liderança do PCCh, bem como a ajuda à comunidade internacional. "Nesta luta contra o vírus, cada país não é isolado. A China mostrou a sua solidariedade e controlou o vírus. Moçambique nesta altura também mostrou a sua solidariedade com o povo chinês. A China é o primeiro país que ofereceu vacinas para Moçambique, e agredeço sobre isso", exaltou ela.

Em comemoração ao 100º aniversário da fundação do PCCh, Gustava parabenizou suas realizações notáveis. "Acredito que o PCCh vai acrescer mais, vai se consolidar ainda mais e vai saber encontrar formas de ajustar às novas realidades tanto na China assim como no mundo", ressaltou a embaixadora, "Tenho grandes expectativas que os dois países continuem assim com esta boa relação e que também o nosso futuro seja risonho."