Jiang Duan, um alto funcionário da missão da China nas Nações Unidas em Genebra, respondeu ao apelo do Canadá para o acesso à região ocidental de Xinjiang destacando suas próprias violações dos direitos humanos.

O Canadá instou a China a tornar sua região ocidental de Xinjiang totalmente acessível a observadores independentes em nome de 40 outros países dentro do principal órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), ecoando preocupações sobre centros de treinamento vocacional para onde uigures muçulmanos e outras minorias foram enviados.

“Somente de 2006 a 2014, dezenas de milhares de migrantes foram detidos arbitrariamente pelo Canadá”, disse Jiang numa reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A discriminação contra migrantes no Canadá e seu tratamento desumano nos centros de detenção canadenses bem como "as mortes ilegais de civis por militares canadenses no exterior e a discriminação racial sistêmica, xenofobia, islamofobia no Canadá", foram apontados por Jiang como pontos de profunda preocupação.

Ele acrescentou que o Canadá tem uma história de matança e destruição de povos indígenas em sua cultura. “O mundo ficou chocado com a descoberta dos restos mortais de mais de 200 crianças indígenas em um internato canadense”, lamentou Jiang.

Ele instou o Canadá a melhorar suas próprias práticas de direitos humanos e a parar de usar os direitos humanos como ferramenta política.