Especialistas neozelandeses descartam teoria de vazamento de coronavírus de laboratório, diz mídia

Fonte: Xinhua    15.06.2021 09h29

Especialistas da Nova Zelândia rejeitaram a teoria conspirativa de que a origem do coronavírus que provoca a COVID-19 pudesse ter se originado de um laboratório, informou o New Zealand Herald.

"De fato, não sabemos de onde provém a maioria dos vírus que nos infectam", disse o jornal citando Jemma Geoghegan, viróloga da Universidade de Otago.

"É por isso que necessitamos tirar amostra de mais vírus na natureza e ampliar nosso conhecimento da diversidade dos vírus que existem", disse.

Segundo Geoghegan, é possível que o vírus tenha passado de animais a humanos, dado "um forte precedente" de o coronavírus se tornar zoonótico.

Ecoando Geoghegan, David Hayman, professor de ecologia de doenças infecciosas na Universidade de Massey, também acredita que uma pandemia produzida em laboratório é extremamente improvável, pois não há nenhum sinal genético de intromissão humana.

"As pessoas realmente precisam entender que os vírus se recombinam. Por exemplo, o novo vírus da Malásia que se detectou recentemente parece ser um recombinante dos vírus de um gato e um cão, o que não era sabido anteriormente", disse Hayman.

"Há uma grande quantidade de dados que apoiam que este é um evento natural", disse.

Ananish Chaudhuri, professor de economia experimental na Universidade de Auckland, publicou recentemente um artigo em seu site pessoal, dizendo que a teoria de vazamento de laboratório é uma "campanha para isolar a China" de outros países em desenvolvimento "cujos mercados são muito cobiçados pelas nações ocidentais".

"Durante a pandemia, os países ocidentais deixaram claro aos países em desenvolvimento que quando se trata de vacinas ou outra ajuda, estes últimos estão completamente sozinhos", disse Chaudhuri.

"A única opção factível que fica é demonstrar ao mundo que a China deixou escapar este patogênico deliberadamente", disse ele, acrescentando que esta campanha está cheia de "enganos sem base".

"Os cientistas devem refletir atentamente antes de emprestar sua credibilidade a esta campanha de difamação", disse.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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