Propagar a questão de Taiwan na declaração do Japão-UE é uma tentativa mal intencionada de disseminar a "ameaça da China", dizem especialistas

Fonte: Diário do Povo Online    28.05.2021 09h58

O Japão intensificou sua interferência nos assuntos internos da China ao trazer à tona a ilha de Taiwan numa declaração conjunta com a União Europeia (UE) na quinta-feira (27), a segunda vez que se referiu diretamente à questão de Taiwan desde o encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em abril.

Especialistas afirmaram que esta foi uma tentativa mal intencionada de se unir ao Ocidente e dissemiar a teoria da "ameaça da China", que acabará prejudicando o desenvolvimento regional e até mesmo a recuperação mundial da pandemia.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, realizou uma cúpula virtual na quinta-feira com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Os dois lados emitiram posteriormente uma declaração conjunta, na qual os mares do leste e do sul da China e do Estreito de Taiwan foram mencionados.

“Continuamos seriamente preocupados com a situação nos mares do leste e do sul da China e nos opomos veementemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o status quo e aumentar as tensões”, diz a declaração, e reafirma “a importância crítica de manter a liberdade de navegação e sobrevoo”, segundo o site oficial do Conselho Europeu.

Disse que o Japão e a UE sublinham a necessidade de “paz e estabilidade através do Estreito de Taiwan e encorajam a resolução pacífica dos problemas através do Estreito”.

Em abril, o Japão divulgou um comunicado conjunto com os EUA após os líderes dos dois países se reunirem em Washington, que destacou a aliança EUA-Japão na região Indo-Pacífico e retratou a China como uma influência negativa na região. Foi a primeira vez que os líderes dos dois países mencionaram a ilha de Taiwan em uma declaração conjunta desde o encontro de Eisaku Sato e Richard Nixon em 1969, antes de a China e o Japão estabelecerem relações diplomáticas.

As constantes tentativas do Japão de interferir nos assuntos internos da China ignoraram completamente o Comunicado Conjunto China-Japão assinado em 1972 e prejudicaram gravemente as relações bilaterais, bem como as relações da China com a União Europeia, Lv Yaodong, diretor do Instituto de Estudos Japoneses da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse ao Global Times na quinta-feira.

Depois que Biden assumiu o cargo, a aliança entre o Japão e os EUA se fortaleceu e os dois lados se uniram para atacar a China, criando uma força que se alimenta da chamada “diplomacia orientada para o valor” adotada por alguns políticos no Ocidente.

Os observadores chineses alertaram para as graves consequências. "O Japão se tornou um verdadeiro sabotador, não apenas para o desenvolvimento regional do Leste Asiático, mas de todo o mundo", disse Lv, explicando que no momento em que o Leste Asiático pode desempenhar um papel de liderança na recuperação da economia mundial na era pós-epidemia, o Japão lançou uma sombra sobre a paz e a estabilidade da região. 

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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