O mais alto órgão legislativo da China condenou nesta quinta-feira a ampliação das sanções anunciada pelo Departamento de Estado dos EUA sobre autoridades chinesas.

A medida, tomada em resposta a uma decisão da Assembleia Popular Nacional (APN) sobre a melhora do sistema eleitoral da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), é uma interferência grosseira nos assuntos internos da China, e é extremamente "arrogante e desprezível", destacou o Comitê Permanente da APN em um comunicado.

A entidade se opõe firmemente e condena veementemente as sanções.

Como o mais alto órgão estatal de poder, a APN tem a prerrogativa e a responsabilidade de tomar a decisão no nível constitucional para melhorar o sistema eleitoral da RAEHK, aponta a nota.

O objetivo de revisar e melhorar o sistema eleitoral da região é remover as deficiências e riscos institucionais existentes de modo a fornecer uma garantia institucional sólida para a implementação plena e fiel de "um país, dois sistemas" e do princípio "patriotas governando Hong Kong", observa o texto.

Enfatizando que os assuntos de Hong Kong são puramente internos da China e não admitem interferência estrangeira, o comunicado diz que a APN, como sempre, cumprirá seus deveres legalmente prescritos e salvaguardará firmemente os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China de acordo com a lei.

A APN manterá a ordem constitucional, conforme estipulado na Constituição da China e na Lei Básica da RAEHK, e fornecerá garantias legais para reprimir as forças da "independência de Hong Kong", garantindo "patriotas governando Hong Kong" e mantendo a prosperidade e estabilidade a longo prazo na região, destaca o comunicado.