China dá 'bom exemplo' no controle da Covid-19, diz funcionário da ONU

Fonte: Diário do Povo Online    07.02.2021 13h22

Voluntários desinfetam a plataforma da Estação Ferroviária Liupanshui, na Província de Guizhou, sudoeste da China, em 28 de janeiro de 2021. (Xinhua/ Tao Liang)

Siddharth Chatterjee, o novo Coordenador Residente da ONU na China, disse que o país deu um bom exemplo na prevenção e controle de epidemias por meio de medidas vigorosas de saúde pública centradas em medidas cientificamente comprovadas.

"Estou ansioso para me juntar à família da ONU na China. Continuaremos a trabalhar em conjunto com o governo da China para lutar contra a Covid-19", disse Chatterjee no sábado (6), prestes a completar quarentena de 21 dias após sua chegada na China.

Com a Covid-19 se espalhando globalmente, a jornada de Chatterjee para a China foi extremamente árdua. Ele foi nomeado o novo coordenador residente na China pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em dezembro do ano passado, com a tarefa de liderar a equipe da ONU no país asiático.

A equipe da ONU na China é composta por chefes de todas as agências operacionais das Nações Unidas, para realizar trabalhos de desenvolvimento relevantes no país.

Em janeiro, Chatterjee voou do Quênia para Guangzhou, no sul da China, para assumir seu novo cargo.

"Na chegada, recebi uma triagem de entrada rigorosa e ordenada como outros passageiros estrangeiros que chegam à China", lembrou Chatterjee, acrescentando com humor que sua nova posição não lhe proporcionou nenhum "tratamento preferencial".

"As autoridades usavam equipamento de proteção individual adequado, verificando os viajantes que chegavam em busca de sinais e sintomas", disse Chatterjee, acrescentando que todos os passageiros estrangeiros que estavam chegando na China foram direcionados a hotéis designados para completar um período de quarentena de 21 dias.

Durante a quarentena, Chatterjee pode se comunicar virtualmente com seus novos colegas da ONU na China, além de manter contato com a família pela internet, ler, escrever e meditar, e realizar treinamento físico. Apesar de experienciar a quarentena pela primeira vez, Chatterjee continuou seu trabalho e vida de modo ordenado.

Chatterjee disse que a quarentena com um regime de condicionamento físico rigoroso, incluindo exercícios respiratórios e um pouco de ioga, o ajudou a manter a mente e o corpo afiados, positivamente relaxados e em boa aptidão. "Eu até consegui caminhar uma média de 20.000 passos por dia", disse ele.

Chatterjee considerou o sistema de prevenção de epidemias da China abrangente e sistemático. Antes de voar para a China, por exemplo, ele foi claramente informado de que aqueles que embarcam em voos internacionais para a China devem possuir teste negativo de ácido nucléico da Covid-19 e de anticorpos IgM, devendo os resultados serem emitidos no máximo dois dias antes da viagem.

"Mais tarde, soube que esses testes são apenas parte de um sistema abrangente de teste e rastreamento encontrado na China, que é essencial para prevenir futuros surtos e aglomerados", observou Chatterjee.

"Como testemunhei em primeira mão, a China deu um bom exemplo em prevenção e controle de epidemias", disse Chatterjee, acrescentando que medidas vigorosas de saúde pública cientificamente comprovadas são mais eficazes para prevenir a propagação do vírus.

"Continuar a incentivar o uso de máscaras, manter a etiqueta social e observar bons hábitos de higiene ainda são cruciais para prevenir a propagação do vírus", defendeu ele.

Com a aproximação do Festival da Primavera, ou Ano Novo Lunar Chinês, o governo adotou medidas estritas de prevenção e controle, tendo em vista a complexa situação da prevenção e controle da epidemia. As autoridades emitiram a política “fique em casa” para reduzir o risco de infecções durante a alta temporada de viagens.

"Reconheço que essas respostas podem prejudicar nossa felicidade e bem-estar, mas é fundamental que não percamos de vista nosso objetivo de vencer o vírus", disse Chatterjee.

Por meio de medidas simples de saúde pública, com adesão à ciência, conforme adotado aqui na China, o mundo pode retardar a propagação do vírus, salvar vidas e meios de subsistência e acabar com a pandemia, observou. 

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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