O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, demitiu nesta quarta-feira o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que será substituído pelo presidente da Empresa Brasileira de Promoção Internacional de Turismo (Embratur), Gilson Machado.
A mudança de ministro, divulgado pelos meios brasileiros, foi confirmado pelo deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, que escreveu em seu Twitter: "Desejo boa sorte a Gilson Machado, que vinha fazendo um bom trabalho como presidente da Embratur e agora se converteu no novo ministro do Turismo". Ele acompanhou o texto com uma foto sua com Machado.
A imprensa local vinha especulando há algum tempo sobre a saída de Antônio, que voltará à sua cadeira de deputado federal. O já ex-ministro é acusado de ter liderado um esquema de candidaturas de mulheres nas eleições de 2019, que receberam o dinheiro do fundo eleitoral sem chegar a fazer campanha.
Não obstante, Bolsonaro sempre defendeu Antônio e tinha se negado a destituí-lo apesar das evidências que o envolvem no esquema de desvios.
Vários meios disseram que Bolsonaro optou pela demissão após ser divulgada uma discussão em um grupo de WhatsApp de ministros do governo no qual Antônio acusou o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, amigo pessoal de Bolsonaro, de estar oferecendo seu cargo no Congresso em troca de apoio político.
Segundo o texto, publicado pelos meios brasileiros, Antônio chamou Ramos de "traidor" e disse que o general agiu "de forma covarde". Após as mensagens, Ramos se queixou a Bolsonaro, que concordou com ele e considerou que o ministro do Turismo tinha se excedido.
Marcelo Álvaro Antônio, de 46 anos, pertence ao Partido Social Liberal (PSL), o mesmo com o qual Bolsonaro ganhou as eleições presidenciais em 2018 e ocupava o cargo desde 1º de janeiro de 2019.