O governo britânico aprovou a vacina do novo coronavírus, desenvolvida em conjunto pela Pfizer e a BioNTech da Alemanha. O Reino Unido se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a vacina da Covid-19.
A vacinação começará na próxima semana, e os grupos de alto risco serão os primeiros a serem vacinados. O Reino Unido já encomendou 40 milhões de doses desta vacina, noticiaram a British Broadcasting Corporation (BBC) e o "Guardian" na quarta-feira (2).
Segundo relatos, as primeiras pessoas a serem vacinadas serão os idosos e funcionários em lares de idosos, seguidos dos idosos com mais de 80 anos, pessoal de saúde e enfermagem.
O secretário de saúde britânico, Matt Hancock, disse que as vacinas serão distribuídas de três maneiras: por meio de hospitais, por meio de centros de vacinas e por meio de canais comunitários, como médicos de clínica geral.
A vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech é uma vacina de mRNA, o que requer duas injeções. De acordo com informações divulgadas pelas duas empresas em 18 de novembro deste ano, a eficácia dessa vacina chega a 95%.
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) afirmou que a aprovação da vacina só ocorreu após minuciosa revisão de dados, iniciada em outubro deste ano, segundo noticiou o G1.
A vacina aprovada no Reino Unido é a primeira do tipo genético a entrar no mercado, no entanto, precisa ser armazenada em um ambiente de 70 graus Celsius negativos, o que dificulta o armazenamento e o transporte para alguns países.
Em agosto deste ano, a Rússia aprovou a vacina da Covid-19 "Satellite-V" desenvolvida pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia do país. Segundo relatos, Moderna, laboratório dos Estados Unidos, também solicitou recentemente a aprovação de vacinas desenvolvidas pela empresa em diversos países.
Além disso, a Oxford, juntamente com a Fiocruz, do Brasil, também estão trabalhando no desenvolvimento da vacina da Covid-19.
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), disse à GloboNews que os fabricantes ingleses estudam alternativas, como gelo seco, para que seja possível manter a vacina fora de freezers por até 15 dias e realizar o seu transporte. No entanto, Kfouri estima que a vacina da Pfizer deverá ser 5 vezes mais cara do que a vacina de Oxford.