O Brasil dividirá em quatro etapas a vacinação de seus cidadãos contra a pandemia do novo coronavirus (Covid-19), informou o governo nesta terça-feira.
Segundo o Ministério da Saúde, o plano nacional de vacinação terá quatro fases, nas quais se vacinará um determinado público em cada uma, totalizando 109,5 milhões de pessoas, escolhidas a partir do risco de evolução para quadros mais graves de infecção, de exposição ao vírus e de aspectos epidemiológicos de manifestação da pandemia no país.
A primeira fase dará prioridade aos trabalhadores de saúde, pessoas com 75 anos ou mais e idosos em instituições de longa permanência (como asilos), além dos indígenas.
A segunda fase estará focada nas pessoas entre 60 e 74 anos. Pacientes a partir de 60 anos são considerados grupos de risco maior para uma contaminação que pode evoluir para morte.
A terceira fase abrangerá as pessoas com cormobidades, condições médicas que favorecem um agravamento do quadro a partir da Covid-19. Entre as enfermidades existentes nesse grupo estão doenças cardiovasculares e as renais crônicas.
Por último, a quarta fase será para os professores, forças de segurança, trabalhadores do sistema penitenciário e pessoas privadas de liberdade.
Essas quatro fases contemplam cerca de 109,5 milhões de pessoas, praticamente a metade do país, e cada pessoa deverá receber duas doses de vacinas. O Ministério da Saúde não deu mais informações sobre o restante da população.
O governo brasileiro tem garantidas cerca de 143 milhões de vacinas graças a um acordo firmado com a farmacêutica britânica AstraZeneca para a compra de 100,4 milhões de doses e outras 42,5 milhões que virão por fazer parte do grupo Covax Facility, que reúne governos e empresas de vários países.
Na semana passada, o governo brasileiro manteve reuniões com representantes de outras farmacêuticas que trabalham na elaboração de vacinas contra a Covid-19 para estudar outras compras.
Além disso, vários governos regionais brasileiros firmaram seus próprios acordos para vacinar sua população, como é o caso de São Paulo com a farmacêutica chinesa Sinovac e os do Paraná e Bahia com o Instituto Gamaleya da Rússia.