Recentemente têm surgido alegações nas redes sociais de que a China havia recusado a participação dos Estados Unidos no seu programa da estação espacial.

A ausência dos EUA não resulta da recusa de cooperação científica com os EUA, mas deve-se ao fato do projeto apresentado pela equipe americana não ter correspondido aos critérios chineses em termos do valor científico e tecnológico.

O Gabinete do Projeto Espacial Tripulado da China, juntamente com o Gabinete das Nações Unidas para Assuntos Espaciais (UNOOSA, na sigla inglesa), anunciou em junho do ano passado que 9 projetos de 23 entidades, originárias de 17 países, foram selecionados como primeiro lote de projetos científicos para a Estação Espacial da China. Esta é a primeira cooperação espacial da China por via das Nações Unidas.

“Não recusamos nenhum país, tampouco limitamos a área de cooperação”, afirmou Zhou Jianping, responsável pelo projeto espacial tripulado da China, acrescentando que em termos do valor científico e tecnológico, o projeto americano não atendeu aos critérios requisitados.

Segundo Lin Xiqiang, o porta-voz do projeto, as candidaturas selecionadas precisaram de atender aos seguintes critérios:

- Respeitar aos princípios da ONU de utilizar o espaço com objetivos pacíficos;

- Avançar com o desenvolvimento científico e tecnológico em áreas relacionadas ou promover o melhoramento do desenvolvimento da tecnologia espacial e capacidade de pesquisa dos países solicitantes;

- Exequibilidade tecnológica e garantia da segurança da estação espacial;

Quanto à perspetiva de cooperação com os EUA na área espacial, Lin Xiqiang afirmou que a China está disposta a cooperar com todos os países e regiões para exploração de projetos no espaço com objetivos pacíficos.

“Infelizmente, o Congresso dos EUA proíbe entidades americanas de cooperar com a China no âmbito aeroespacial, impedindo o intercâmbio entre os dois países nesta área”, afirmou.