Pais da primeira geração da política do filho único entram na terceira idade

Fonte: Diário do Povo Online    27.10.2020 14h11

O impacto do envelhecimento e do declínio da taxa de natalidade na sociedade chinesa é cada vez mais notório. À medida que os pais da primeira geração da política do filho único entra nas fileiras da terceira idade, a China começa a preparar o seu futuro no "14º Plano Quinquenal".

De 26 a 29 de outubro, realiza-se em Beijing a Quinta Sessão Plenária do 19º Comitê Central do Partido. A reunião servirá para deliberar sobre as recomendações do Comitê Central do PCCh sobre a formulação do 14º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social Nacional e sobre as metas de longo prazo para 2035, traçando um plano para o desenvolvimento da China nos próximos 5 a 15 anos.

O Ministério dos Assuntos Civis prevê que, durante o período do "14º Plano Quinquenal" (2021-2025), a população idosa do país excederá os 300 milhões e ocorrerá a transição de uma sociedade ligeiramente envelhecida para uma sociedade moderadamente envelhecida.

Os cuidados fornecidos aos futuros idosos para que possam desfrutar da velhice será uma parte importante do "14º Plano Quinquenal".

Dentro de 5 a 10 anos, os pais da primeira geração da política do filho único do país dará entrada na terceira idade. A China arrancou com uma campanha de assistência a idosos, sendo que os serviços de assistência serão confrontados com desafios e testes maiores.

Com base no padrão atual, quando 7% a 14% da população total do um país tem mais de 65 anos, isso significa que a sociedade atravessa um período de envelhecimento leve, no caso de ser entre 14% e 21%, tal significa que a sociedade entrou em uma fase de envelhecimento moderado. Acima de 21%, significa um envelhecimento severo.

De acordo com dados divulgados pelo Gabinete de Assuntos Civis de Shanghai em 25 de outubro, os centenários da cidade ultrapassaram pela primeira vez a marca dos 3.000. De 2000 a 2019, a população com 100 anos na metrópole chinesa aumentou 7,9 vezes.

A era da longevidade apresenta novos desafios para o fornecimento e distribuição de recursos em toda a sociedade. Embora muitos hospitais tenham sido construídos na China nos últimos anos, os recursos de reabilitação médica per capita são ainda escassos. Por exemplo, de acordo com os padrões internacionais, deveria haver 50 profissionais por cada 100.000 pessoas, enquanto que a China tem apenas 3,6. A taxa de crescimento da população envelhecida é mais rápida do que a taxa de oferta de profissionais médicos.

Li Banghua, vice-diretor do Departamento de Serviços de Atendimento ao Idoso do Ministério de Assuntos Civis, disse que durante o período do 14º Plano Quinquenal, a curva de crescimento da população idosa da China permaneceu relativamente plana, tratando-se de um período importante para preparar o futuro. O Ministério dos Assuntos Civis iniciou o planejamento dos serviços geriátricos que constarão no 14º plano quinquenal no primeiro semestre do ano passado.

Zhu Yaoyin, vice-presidente da Associação Senior da China, disse que dois terços dos 253 milhões de pessoas com mais de 60 anos vive com doenças. No entanto, a oferta atual do sistema de serviços médicos para idosos é insuficiente, sendo que se revela necessário desenvolver ativamente uma combinação de serviços médicos e de enfermagem em concordância com a situação atual, em que a oferta e a demanda estão claramente desequilibradas.

Diante do rápido envelhecimento, os governos locais têm vindo a promover o setor de cuidados geriátricos.

Liu Guangjun, vice-diretor do Centro de Pesquisa de Emprego e Previdência Social da Universidade Tsinghua, disse que, em resposta ao envelhecimento da população, não basta depender dos esforços do governo e das empresas. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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