O Brasil se situará nos próximos anos como o quinto maior produtor de petróleo do mundo e o quarto maior exportador, embora continuará sem ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), informou o governo nesta quarta-feira.
Em um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que "nossa produção de petróleo e gás crescerá exponencialmente", o que permitirá ao Brasil ingressar no grupo dos cinco maiores produtores de petróleo e ser o quarto maior exportador.
Atualmente, o Brasil é o décimo maior produtor de petróleo do mundo. Em setembro, a produção do país registrou uma média de 2,9 milhões de barris de petróleo diários e de 125,25 milhões de metros cúbicos de gás natural. Juntas, a produção de petróleo e gás natural do país alcançou o equivalente a 3,69 milhões de barris diários.
A pesar do crescimento previsto para os próximos anos, principalmente por um aumento da produção na zona do pré- sal, em águas profundas do oceano Atlântico onde o Brasil dispõe de reservas gigantescas que começam a ser exploradas agora, Albuquerque descartou que o país sul-americano passará a fazer parte da Opep.
"Não é uma questão de filiação ou não. É uma questão de cooperação, é uma questão de estar presente (nas discussões com os grandes produtores)", comentou.
Albuquerque ressaltou que tem participado de reuniões da Opep junto com ministros de energia do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta.
"Nessas reuniões, o Brasil tem sido reconhecido como um país que tem superado as dificuldades e tem tido muito êxito nas ações implementadas no setor", acrescentou.