Inflação do índice de preços ao consumidor desacelera para 1,7%, mínimo de 19 meses

Fonte: Diário do Povo Online    16.10.2020 13h35

Supermercado em Shijiazhuang, província de Hebei. (Foto de Jia Minjie / China Daily)

A China poderá ver a inflação ao consumidor diminuir ainda mais no resto do ano, à medida que os preços da carne suína estabilizam. O país está a caminho de manter seu nível de inflação anual abaixo da meta de 3,5 por cento, segundo especialistas na quinta-feira.

Os comentários foram feitos depois do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) ter informado que o crescimento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país, principal indicador da inflação, caiu para 1,7% no mês passado, o menor em 19 meses, ante 2,4% em agosto.

O crescimento do IPC em setembro foi contido pelo segundo mês consecutivo, com a redução dos preços dos alimentos. O aumento dos preços da carne suína, o maior impulsionador do IPC este ano, diminuiu 27,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior para 25,5 por cento, no mês passado, com o país recuperando a produção de carne suína e liberando mais reservas de carne, disse o DNE.

Nos primeiros três trimestres do ano, o crescimento do IPC foi de 3,3 por cento ao ano, abaixo da meta anual do governo de 3,5 por cento.

“Com a produção de suínos continuando a recuperar, os preços da carne de porco deverão continuar a estabilizar, ajudando a manter o crescimento do IPC abaixo de 2 por cento no quarto trimestre, mantendo a meta da inflação deste ano dentro do alcance”, disse Liu Xuezhi, pesquisador sênior do Centro de Pesquisa Financeira do Banco de Comunicações.

Os estoques de porcos e fêmeas reprodutoras no país está já acima de 80% dos níveis normais, segundo o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais no último sábado.

Os preços de produtos não alimentícios, por sua vez, permaneceram débeis, apesar das melhorias em alguns setores de serviços, segundo os especialistas, enfatizando a necessidade de estender o apoio político para ajudar os setores mais afetados a lidar com o impacto da pandemia.

De acordo com o DNE, os preços de não alimentícios permaneceram inalterados em setembro face ao mesmo período do ano anterior, enquanto o crescimento do núcleo do IPC, que exclui os preços de alimentos e energia, sendo considerado o principal indicador da demanda agregada, permaneceu em 0,5 por cento em termos anuais, igual a agosto.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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