Dívida dos países mais pobres sobe para recorde de 744 bilhões de dólares antes da pandemia, segundo Banco Mundial

Fonte: Xinhua    14.10.2020 14h23

A dívida externa total dos países mais pobres do mundo subiu 9,5 por cento para um recorde de 744 bilhões de dólares em 2019, de acordo com o último relatório das Estatísticas da Dívida Internacional (IDS) do Grupo Banco Mundial divulgado segunda-feira.

"Antes do início da pandemia de COVID-19, o aumento dos níveis da dívida pública já era motivo de preocupação, principalmente em muitos dos países mais pobres do mundo", disse o credor multilateral em comunicado durante as reuniões anuais do Grupo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Grupo dos Vinte (G20) endossou a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (ISSD) em abril deste ano para ajudar até 73 dos países mais pobres a gerenciarem o impacto da pandemia, permitindo-lhes suspender os pagamentos da dívida bilateral oficial até o final de 2020, observou o Banco Mundial.

O presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, convidou anteriormente os países do G20 a estenderem o prazo do ISSD até o final de 2021 e se comprometerem a dar à iniciativa um escopo o mais amplo possível.

O último relatório do IDS mostrou que a dívida externa total dos países elegíveis para o programa de alívio da dívida do G20 subiu para um recorde no ano passado", destacando a necessidade urgente de credores e devedores colaborarem para evitar o risco crescente de crises de dívida soberana desencadeadas pela pandemia de COVID-19".

O ritmo de acumulação da dívida para esses países foi quase o dobro da taxa de outros países de baixa e média renda em 2019, informou o relatório.

"Tem sido muito importante que os líderes das nações mais pobres falem abertamente sobre a necessidade de uma dívida mais leve das nações credoras", disse Malpass no Twitter na segunda-feira.

"Esse diálogo ainda não foi tão robusto quanto julgo necessário para levar adiante esse processo", disse o chefe do Banco Mundial.

Ministros das finanças e governadores de bancos centrais das economias do G20 devem se reunir virtualmente na quarta-feira e podem tomar uma decisão sobre a prorrogação do alívio do serviço da dívida.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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