O Gabinete do Comissário do Ministério das Relações Exteriores da China na Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) expressou neste domingo forte insatisfação e firme oposição à calúnia e difamação do Departamento de Estado dos EUA contra as ações de aplicação da lei pela polícia de Hong Kong.

A entidade exigiu que o lado dos EUA pare imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong sob o pretexto dos direitos humanos e do Estado de direito.

Um porta-voz do gabinete apontou que, em 1º de outubro, algumas pessoas participaram de assembleias não autorizadas, portavam armas ofensivas em Hong Kong e eram suspeitas de violar a lei da RAEHK. A polícia prendeu essas pessoas de acordo com a lei, o que é razoável, legal e necessário.

As leis de Hong Kong, incluindo a Lei Básica da RAEHK, protegem totalmente os direitos e a liberdade dos residentes locais. No entanto, o exercício dos direitos de qualquer indivíduo não pode prejudicar os direitos dos outros e o interesse público, muito menos anular a lei, afirmou o porta-voz.

Hong Kong é uma sociedade com estado de direito. Todos são iguais perante a lei, todos devem cumprir a lei e ninguém deve estar acima da lei, disse o porta-voz, acrescentando que a aplicação da lei pela polícia de Hong Kong visa salvaguardar o estado de direito, manter a ordem social e proteger as vidas e a propriedade de residentes de Hong Kong.

O porta-voz disse que os próprios Estados Unidos costumam prender pessoas que participam de assembleias ilegais. De acordo com relatos da mídia, a polícia em Los Angeles da Califórnia, no condado de Yavapai no Arizona, e em Portland do Oregon, prenderam pessoas envolvidas em assembleias ilegais em maio, agosto e setembro deste ano.

O lado dos EUA fez vista grossa a esses fatos, ignorou os atos ilegais que aconteciam em Hong Kong, caluniou e difamou as ações da polícia de Hong Kong sob o pretexto de salvaguardar a liberdade de reunião e expressão, pressionou o governo da RAEHK e caluniou que o governo chinês minou o princípio "um país, dois sistemas", disse o porta-voz, acrescentando que isso é totalmente "padrão duplo" e um caso típico de um ladrão gritando "pare, ladrão".

O objetivo do lado dos EUA é encobrir e tolerar as ações ilegais dos manifestantes anti-China, em uma tentativa de desestabilizar Hong Kong e minar "um país, dois sistemas", disse o porta-voz.

O porta-voz enfatizou que Hong Kong é Hong Kong da China. A tentativa do lado dos EUA de obstruir a administração baseada na lei do governo da RAEHK e danificar a soberania e segurança da China e a prosperidade e estabilidade de Hong Kong nunca terá sucesso.

O governo chinês está firmemente determinado a implementar o princípio de "um país, dois sistemas" e se opor à interferência de forças externas, disse o porta-voz, exigindo que o lado dos EUA pare imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong de qualquer forma e não vá mais longe no caminho errado.