O secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou nesta sexta-feira no Brasil que "vamos tirar Maduro" da Presidência venezuelana e que a missão de seu país é "assegurar que a Venezuela tenha uma democracia".

Pompeo visitou esta sexta-feira a cidade brasileira de Boa Vista, capital regional de Roraima (norte e fronteiriço com a Venezuela), onde se reuniu com o Chanceler do Brasil, Ernesto Araújo.

"Vamos tirar Maduro", declarou Pompeo em uma entrevista à imprensa acompanhado de Araújo. "A pergunta de quando Maduro sairá só pode ser respondida no dia que ele se for. Ninguém pode prever quando será esse dia, mas esse dia chegará", comentou.

Para Pompeo, os Estados Unidos querem "se assegurar de que a Venezuela tenha uma democracia. Não devemos esquecer que ele está destruindo seu próprio país e é um traficante de drogas. Está impactando na vida de los Estados Unidos".

Pompeo e Araújo visitaram um centro de acolhida em Boa Vista, cidade próxima da fronteira com a Venezuela à qual nos últimos anos chegaram dezenas de milhares de venezuelanos.

Segundo o secretário de estado norte-americano, "são pessoas que querem o que todos os seres humanos querem: dignidade. Querem uma Venezuela democrática, pacífica e soberana para chamar de lar, onde eles e seus filhos tenham trabalho e possam viver com dignidade".

Pompeo afirmou que o governo de Donald Trump quer aumentar a ajuda que concede aos países que dão acolhimento aos imigrantes venezuelanos e anunciou que vai enviar ao Brasil mais US$ 30 milhões para auxiliar nessa atividade.

Por sua vez, o chanceler brasileiro assegurou que seu país e os Estados Unidos compartilham o mesmo ideal de "democracia e liberdade" e se propõem a seguir cooperando na "luta por esses valores" na "nova globalização" que haverá no mundo quando acabar a pandemia da COVID-19.

Pompeo realizou no Brasil sua terceira escala de sua viagem pela América do Sul, onde também visitou a Guiana e o Suriname. De Boa Vista, o secretário norte-americano viajou para a Colômbia, onde deve se reunir com o presidente Ivan Duque.