As relações entre a China e a Itália resistiram ao teste da pandemia da Covid-19, afirmou na terça-feira (25) o conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi.
Wang fez as declarações em uma coletiva de imprensa em Roma com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, após conversações.
Wang observou que a Itália forneceu suprimentos médicos para a China quando a China foi duramente atingida pela pandemia. Depois que a pandemia atingiu a Itália, especialistas chineses se dirigiram a diferentes partes do país europeu para compartilhar experiências no combate ao coronavírus.
O apoio da China à Itália não tem relação com a política e não há interesse próprio envolvido, conforme enfatizou Wang.
Em declarações aos repórteres, Di Maio chamou a China de "parceiro indispensável" no mundo e prometeu aumentar a cooperação com a China na luta contra a Covid-19 e além no futuro.
A Itália é a primeira parada da visita de Wang à Europa. Ele também visitará Holanda, Noruega, França e Alemanha. É sua primeira viagem ao exterior depois que houve o alívio da pandemia na China.
O diplomata chinês afirmou que a China continuará a ajudar os esforços da Europa no combate ao coronavírus e na revitalização de sua economia.
Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Itália, observou Wang, acrescentando haver três razões para o desenvolvimento estável das relações bilaterais ao longo das décadas.
Como duas civilizações antigas no Oriente e no Ocidente, a China e a Itália apreciam as civilizações uma da outra e respeitam suas escolhas de caminhos de desenvolvimento e direitos legítimos; como as duas maiores economias do mundo, os dois países estão comprometidos com a abertura, a cooperação e os benefícios mútuos; os dois lados estão sempre prontos para se ajudarem como amigos e parceiros de longa data, de acordo com Wang.
Enquanto a China e a Itália planejam os próximos 50 anos de relações, Wang enfatizou que a Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) é um fator chave para uma cooperação bilateral mais profunda.
A iniciativa proposta pela China compreende o Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do século 21 e visa construir redes de comércio e infraestrutura conectando a Ásia com a Europa e a África ao longo e além das antigas rotas da Rota da Seda.