O Brasil tem que expandir sua indústria e produção agropecuária na Amazônia preservando a maior floresta do mundo, afirmou o vice-presidente do país, general Hamilton Mourão.

Em uma reunião virtual nesta segunda-feira com empresários do estado do Amazonas, Mourão disse que a "Amazônia aparece aos olhos do mundo como se devesse ser uma reserva intocada. Temos que mantê-la preservada, mas temos que ter projetos adaptados à realidade local, que sirvam para alavancar a produção e dar emprego e renda a quem vive ali".

Mourão defendeu que o setor privado se una ao setor público para garantir o progresso na Amazônia e ressaltou que a indústria necessita integrar sua produção com os produtos naturais da floresta.

"A política econômica, óbvio, tem que estar baseada na sustentabilidade", acrescentou.

Em outro momento da reunião, Mourão afirmou que "haverá uma certa desglobalização no mundo após a pandemia da COVID-19" e alertou que o Brasil deverá estar atento para receber indústrias que sairão de alguns países em busca de novos mercados.

O vice-presidente também prognosticou que, no futuro, os recursos hídricos da Amazônia serão mais explorados, recordando que 20% da água doce do planeta está na região, o que, segundo ele, deve converter o Brasil no maior vendedor de água do mundo.

"Já há países que compram água, navios específicos para o transporte, e será um dos bens mais buscados no mundo e a Amazônia terá este mercado, será a dona", concluiu.