Chanceler chinês pede esforços conjuntos com Itália no planejamento do desenvolvimento futuro dos laços

Fonte: Xinhua    26.08.2020 10h49

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na terça-feira que a China e a Itália devem trabalhar conjuntamente para planejar o desenvolvimento das relações bilaterais nos próximos 50 anos.

Wang fez as observações ao se reunir à imprensa junto com o ministro das Relações Exteriores italiano, Luigi Di Maio, depois de suas conversações.

Wang disse que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Itália, o que é um importante momento histórico que conecta o passado e o futuro.

Ele atribuiu o desenvolvimento estável e saudável dos laços sino-italianos em meio século a três fatores.

Primeiro, como representantes das civilizações oriental e ocidental, a China e a Itália sempre apreciam e aprendem uma com a outra, respeitam a via de desenvolvimento escolhida pelas pessoas do outro país, e apoiam as preocupações legítimas da outra parte em questões de interesses essenciais.

Segundo, como principais economias no mundo, ambas as partes sempre aderem à política da abertura e ao desenvolvimento de relações mutuamente benéficas e ganha-ganha.

Wang disse que a China se tornou a maior parceira comercial da Itália na Ásia e a Itália é a 4ª maior parceira comercial da China na União Europeia. O investimento direto da China na Itália superou US$ 10 bilhões, e na China há mais de 6 mil projetos de investimento italiano.

Terceiro, como amigas e parceiras, ambas as partes sempre dão uma mão de ajuda quando o outro país tem dificuldades, disse Wang, citando as histórias comovedoras entre os dois governos e os dois povos durante o devastador terremoto de Wenchuan que atingiu a Província de Sichuan, sudoeste da China, em 2008, e a pandemia da COVID-19 neste ano.

"Olhando para o futuro, a China e a Itália devem trabalhar conjuntamente para planejar o desenvolvimento nos próximos 50 anos", disse Wang.

Ele observou que a construção conjunta do Cinturão e Rota deve ser uma importante força motriz para o aprofundamento da cooperação bilateral.

A China e a Itália são "parceiras naturais" na construção do Cinturão e Rota, pois as duas nações já eram estreitamente conectadas há mais de mil anos graças à antiga Rota da Seda, disse Wang, acrescentando que a Itália se tornou no ano passado o primeiro principal país ocidental a assinar um memorando de entendimento sobre a cooperação do Cinturão e Rota com a China.

Desde então, a cooperação bilateral gerou grandes resultados em áreas como energia, construção de navios de cruzeiro e portos, assim como no desenvolvimento de terceiro mercado, indicou Wang.

Ele pediu que ambos os países sigam o "Espírito da Rota da Seda" e envolvam mais pessoas dos dois países na construção do Cinturão e Rota, a fim de trazer mais avanços visíveis para projetos relevantes e injetar novo ímpeto ao desenvolvimento da economia mundial.

Wang também pediu os esforços conjuntos na promoção do multilateralismo e liberalização comercial.

A China e a Itália são principais países responsáveis para a paz e desenvolvimento mundiais, por isso ambos os países devem promover vigorosamente o processo de multilateralismo e liberalização comercial, e manter a operação segura da cadeia industrial e cadeia de suprimento globais, disse Wang.

Notando que a Itália assumirá a presidência do G20 no próximo ano, Wang disse que a China apoiará ativamente o trabalho da Itália e fará contribuições para a reforma da governança global no período pós-pandêmico e a recuperação rápida da economia mundial.

Wang também pediu a promoção do diálogo igual entre civilizações diferentes.

Enfrentando os desafios e problemas na globalização e digitalização, a China e a Itália podem dar exemplos na promoção do diálogo entre civilizações diferentes com base na aprendizagem mútua e igualdade, e desempenhar um papel dirigente na busca por uma solução viável para a governança global, disse.

Ambas as nações também devem trabalhar com outros países para promover os princípios de resolver as diferenças por diálogo, substituir o confronto com a cooperação, eliminar as divisões com unidade, e se unir para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, acrescentou.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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