O Brasil começará a produzir em larga escala uma vacina contra o novo coronavírus a partir de abril de 2021, afirmou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde.
Em entrevista à imprensa, representantes do ministério explicaram que a estatal Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deverá estar preparada para a produção da vacina em abril.
A vacina que será produzida é a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que já assinou com o governo brasileiro um contrato para importar as primeiras doses.
"Esperamos que a partir de abril de 2021 a Fiocruz já tenha capacidade de produção interna da vacina", declarou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Helio Angotti Netto.
"Esperamos que a vacina comece a ser entregue a partir de dezembro e, a partir daí, processada e colocada à disposição da população em janeiro. Tudo isso, caso o registro seja obtido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", acrescentou.
Perguntado sobre os primeiros grupos a serem imunizados, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco disse que ainda não há um planejamento, mas que isso será determinado pelos testes que forem feitos com a vacina.
"Baseado nesses testes, no acompanhamento das evidências e das indicações, esses grupos prioritários serão definidos. Nós temos que verificar a capacidade imunológica para cada faixa etária, características genéticas da nossa população, para que possamos, então, definir", afirmou.
A vacina de Oxford é a que está em estágio mais avançado entre as quatro que estão sendo testadas por voluntários no Brasil.
Também estão na fase de testes a vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech junto com o Instituto Butantan e a da farmacêutica alemã BioNTech junto com a americana Pfizer. Esta semana, a Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, foi autorizada a realizar testes clínicos para a vacina que está desenvolvendo.