A China criticou na segunda-feira a recente ordem executiva dos EUA que exige que a ByteDance abandone sua participação nas operações do TikTok nos Estados Unidos dentro de 90 dias, dizendo que a chamada "liberdade" e "segurança" são meramente desculpas para a política digital agressiva adotada por alguns políticos dos EUA.
Respondendo a uma pergunta sobre as reivindicações da ordem em uma coletiva de imprensa diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian disse que, de acordo com os desenvolvimentos mais recentes, em suas operações nos EUA, os quadros da administração do TikTok, incluindo o diretor executivo, são todos americanos.
Os servidores estão nos EUA, centros de dados nos EUA e em Singapura, e as equipes são todas locais. A empresa contratou 1.500 funcionários americanos e se comprometeu a criar 10.000 empregos. A política de auditoria e o código-fonte do algoritmo estão abertos ao público.
"É justo dizer que o TikTok fez quase tudo o que os EUA exigiram. No entanto, a empresa não consegue escapar aos ataques e à coerção de certos indivíduos dos EUA devido a ganhos políticos egoístas", disse Zhao. "Alguns políticos dos Estados Unidos fabricam alegações infundadas para sabotar as operações do TikTok".
O porta-voz destacou que a "segurança nacional", na visão de alguns políticos norte-americanos, é o único pretexto para o país criar problemas e oprimir as empresas não americanas.
Os EUA continuam mencionando o TikTok e outras empresas que colocam em risco sua segurança nacional, disse Zhao, mas os relatórios de avaliação relevantes da Agência Central de Inteligência sugerem que não há evidências que mostrem que a China intercetou os dados do aplicativo ou que o usou para invadir a privacidade dos usuários . Ele acrescentou que think tanks relevantes dos EUA também sugerem que banir certos aplicativos apenas porque pertencem a uma empresa chinesa definitivamente não se conformam com motivos de segurança.
“Este tipo de comportamento agressivo é uma negação flagrante dos princípios da economia de mercado e da concorrência justa, nas quais os Estados Unidos se têm intitulado de modelo, e uma violação das regras do comércio internacional”, disse Zhao.
“A sabotagem desenfreada dos interesses dos outros países está destinada a prejudicar os próprios interesses dos EUA”, disse.
"Instamos o lado dos EUA a corrigir imediatamente seus erros, parar de caluniar e difamar a China e cessar de oprimir sem fundamento as empresas de outros países", concluiu Zhao.