Cartas de direitos humanos expõem os padrões duplos americanos

Fonte: Diário do Povo Online    13.08.2020 13h05

Por Zhong Sheng

Alguns políticos dos EUA, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, têm inventado histórias sem escrúpulos nos últimos dias, apontando o dedo para a China pelos assuntos de Xinjiang e Hong Kong. Eles até descreveram a operação regular de negócios de empresas chinesas como fornecendo "apoio material a regimes envolvidos em violações e abusos de direitos humanos".

No entanto, não é segredo para o mundo que essas mentiras criadas por Pompeo e similares não passam de um disfarce que encobre os problemas sociais profundamente enraizados dos EUA e um jogo de culpar para passar a bola pelo fracasso da Casa Branca na governança doméstica.

Eles provavelmente não sabem que quanto mais disfarces usam, piores resultados obterão.

As cartas de direitos humanos jogadas por esses políticos norte-americanos há muito tempo são um sinalizador notório dos "padrões duplos americanos".

Atualmente, o direito à vida e à saúde dos cidadãos norte-americanos está seriamente ameaçado pela pandemia da Covid-19, que causou mais de 5 milhões de infecções e 160.000 mortes no país. No entanto, a indiferença desses políticos norte-americanos em relação à situação é realmente surpreendente.

O jornal britânico The Independent apontou que alguns políticos americanos sempre discorrem sobre os direitos humanos, mas negligenciam suas próprias obrigações de proteger os direitos humanos e ignoram as vidas das pessoas. Os afro-americanos estão morrendo 2,5 vezes mais que os brancos, o que expõe a desigualdade racial de longa data nos EUA. Em Michigan, os negros representam apenas 14% da população e representam cerca de 39% das mortes. A governadora do estado Gretchen Whitmer observou recentemente que a pandemia confirmou e destacou a natureza mortal dessas desigualdades pré-existentes causadas pelo racismo sistêmico.

A 43ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou uma resolução condenando veementemente a continuação das práticas racialmente discriminatórias e violentas perpetuadas pelas agências de aplicação da lei contra africanos e afrodescendentes. O site Político destacou que os EUA são cada vez mais considerados um vilão, e não um herói, em matéria de direitos humanos.

Ressalta-se que os EUA, como o país mais belicoso da história, deixaram dezenas de milhões de deslocados que tentaram escapar do inferno que os EUA ajudaram a criar. Tem se recusado a ratificar várias convenções internacionais de direitos humanos, incluindo o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a Convenção sobre os Direitos da Criança e a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres.

A Casa Branca declarou sua retirada da Organização Mundial da Saúde (OMS) neste ano, quando a Covid-19 ainda estava desenfreada, uma medida considerada pelo mundo como um “crime contra a humanidade”.

Pompeo anunciou descaradamente que proteger os direitos humanos é a consciência de um país, mas o que ele fez quando um cidadão americano disse “não consigo respirar?” O nítido contraste explica bem a hipocrisia e os padrões duplos de Pompeo e similares em questões de direitos humanos.

Adotando padrões duplos e tomando os direitos humanos como uma ferramenta política para suprimir outros países, os EUA violaram totalmente os princípios dos direitos humanos. Robert Malley, chefe do Grupo International de Crises, com sede em Washington, disse sem rodeios que os EUA têm lacunas de credibilidade quando se trata de promover os direitos humanos, e os direitos humanos parecem ser tratados puramente como uma moeda de transação. Sarah Snyder, historiadora dos direitos humanos que leciona na American University, criticou a rejeição da Casa Branca à ideia de que os EUA deveriam ser regidos por qualquer um dos acordos internacionais.

A má intenção por trás das cartas dos direitos humanos jogadas por esses políticos americanos nunca é um segredo. O pesquisador sênior Stephen Roach, da Universidade de Yale, acredita que os argumentos desses políticos são todos baseados em teorias da conspiração e análises que carecem de apoio dos fatos.

Michael Swaine, um membro sênior do Carnegie Endowment for International Peace, apontou que os comentários de Pompeo eram uma espécie de oportunismo político e mania ideológica. Ele afirmou que Pompeo é o pior secretário de estado de todos os tempos, e o político americano está provando isso todos os dias com seus comentários e práticas. The Guardian chamou Pompeo de “homem perigoso” alimentando preconceitos, medos e cismas.

A prática é o único critério da verdade, e a vida feliz das pessoas é o maior direito humano. Sob a liderança do Partido Comunista da China, o PIB per capita da China aumentou de menos de 200 dólares há quarenta anos para mais de 10.000 dólares hoje, e mais de 800 milhões de pessoas saíram da pobreza. Na luta da China contra a epidemia da Covid-19, o país sempre colocou as pessoas e suas vidas em primeiro lugar e realizou inúmeros esforços para proteger seus direitos à vida e à saúde. Na Região Autônoma de Xinjiang Uygur, a China está decidida a lutar contra o terrorismo violento, as forças separatistas e extremistas religiosas e a promover o desenvolvimento, a unidade étnica e a estabilidade social de Xinjiang.

Em Hong Kong, a China reprime uma categoria muito restrita de atos e atividades criminosas que colocam em risco a segurança nacional e protegem a segurança e os direitos e liberdades de que goza a grande maioria dos residentes de Hong Kong de acordo com a lei, de modo a manter a prosperidade e estabilidade da Região Administrativa Especial de Hong Kong. Além disso, a China aprovou e aderiu a 26 documentos internacionais de direitos humanos. Diante dos fatos, qualquer tentativa dos políticos dos EUA de atacar a proteção dos direitos humanos da China será em vão.

O povo chinês viu por muito tempo a trama de Pompeo e outros que interferem violentamente nos assuntos internos da China sob o pretexto dos direitos humanos e contêm o desenvolvimento da China com supremacia. Ao se concentrar em seu próprio caminho e assuntos, a China está respondendo energicamente àqueles que impedem o desenvolvimento do país.

(Zhong Sheng é um pseudônimo frequentemente usado pelo Diário do Povo para expressar suas opiniões sobre política externa.) 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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