O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse na sexta-feira que aceitou a decisão de cancelar o Grande Prêmio da Fórmula 1 deste ano por causa da pandemia de coronavírus.

Os comentários vieram apenas algumas horas depois que as autoridades da F1 removeram o Grande Prêmio do Brasil, México e EUA do calendário de corridas de 2020, à medida que as taxas de infecção continuam subindo nos países.

"Respeitamos a decisão, apesar das previsões que mostram que estaremos em uma posição muito melhor em novembro", disse Covas em entrevista coletiva na cidade mais populosa do Brasil.

"Nas últimas semanas, enviamos todos os dados aos organizadores, mostrando que a situação em São Paulo é muito diferente do resto do Brasil".

O Grande Prêmio dos EUA em Austin, Texas, estava marcado para o dia 23 de outubro, uma semana antes da corrida programada na Cidade do México. O Grande Prêmio do Brasil havia sido marcado para 13 de novembro na pista de Interlagos em São Paulo.

Em vez disso, o Grande Prêmio será realizado nos circuitos em Nurburgring na Alemanha, em Imola na Itália e em Portimão, Portugal.

O contrato de São Paulo para sediar a F1 termina este ano, mas Covas disse que está confiante de que o acordo será estendido.

"Continuamos nossas negociações com a Fórmula 1 para renovar o acordo", disse ele.

Localizada na periferia sul de São Paulo, Interlagos realizou o primeiro GP da F1 em 1973.

Perdeu o status de anfitrião do circuito de Jacarepaguá no Rio de Janeiro em 1981, antes de recuperar o evento em 1990.

No ano passado, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse que o Grande Prêmio do Brasil poderia retornar ao Rio em 2021.