Mais de 150 especialistas médicos e profissionais de saúde dos EUA assinaram uma carta aberta, pedindo às autoridades que fechem o país e comecem a conter a crescente pandemia de COVID-19.

"De todas as nações do mundo, tivemos o maior número de mortes por COVID-19. Ao mesmo tempo, estamos no meio de 'reabrir nossa economia', expondo cada vez mais pessoas ao coronavírus e vendo números de casos, e mortes, dispararem", disseram eles na carta dirigida ao governo Trump, membros do Congresso e governadores de estado.

"No momento, estamos no caminho de perder mais de 200.000 vidas americanas até 1º de novembro. No entanto, em muitos estados as pessoas podem beber em bares, cortar o cabelo, comer dentro de um restaurante, fazer uma tatuagem, fazer massagem e fazer inúmeras outras atividades normais, agradáveis, mas não essenciais", dizia a carta.

A melhor coisa para a nação é não reabrir o mais rápido possível, é salvar o maior número de vidas possível. E a reabertura antes de suprimir o vírus não vai ajudar a economia, observaram os especialistas.

Eles pediram capacidade de teste diária suficiente para testar todos com sintomas de gripe, além de qualquer pessoa com quem eles tenham mantido contato próximo nas últimas duas semanas, uma força de trabalho com rastreadores de contato suficiente para rastrear todos os casos atuais e mais equipamentos de proteção pessoal para manter a integridade dos trabalhadores.

"Feche agora e comece de novo", eles apelaram.

Negócios não essenciais devem ser fechados. As máscaras devem ser obrigatórias em todas as situações, internas e externas, onde as pessoas interagem com outras pessoas, disseram eles.

"Precisamos desse protocolo até que os números de casos atinjam um nível no qual tenhamos a capacidade de testar e rastrear efetivamente. Então, e só então, podemos tentar um pouco mais de abertura, um pequeno passo de cada vez", disserem os especialistas.

Mais de 4,08 milhões de casos de COVID-19 foram relatados nos Estados Unidos, com as mortes ultrapassando 144.900 na sexta-feira à tarde, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins.