Beijing, 14 jul (Xinhua) -- A Sociedade Chinesa para Estudos dos Direitos Humanos publicou um artigo nesta terça-feira, expondo a dura realidade da divisão grave entre ricos e pobres nos Estados Unidos sob a cobertura de sua prosperidade geral.
A crescente divisão entre ricos e pobres nos Estados Unidos destacou e exacerbou ainda mais a desigualdade social e econômica existente na sociedade norte-americana, levando as pessoas dos níveis mais baixos a uma situação ainda mais difícil, aponta o texto intitulado "A crescente divisão entre ricos e pobres leva a questões de direitos humanos cada vez mais severas nos Estados Unidos".
Os Estados Unidos têm um alto nível de polarização de renda, salienta o artigo, observando que o tamanho de sua classe média continua diminuindo, enquanto seus índices de pobreza permanecem altos.
A riqueza de 0,1% das famílias norte-americanas equivale à riqueza de 90% das famílias dos níveis mais baixos do país, de acordo com um relatório citado pelo texto.
Os Estados Unidos têm a maior diferença entre ricos e pobres entre todos os países ocidentais, com dezenas de milhões de cidadãos americanos vivendo na pobreza. O artigo cita um relatório do relator especial das Nações Unidas, indicando a rápida transformação do Sonho Americano na "Ilusão Americana".
O texto observa que quase metade das famílias norte-americanas são incapazes de manter um padrão de vida adequado, os grupos de baixa renda enfrentam a ameaça da fome e não podem desfrutar de oportunidades iguais de educação, os sem abrigo vivem em condições precárias e as crianças e mães solteiras pobres têm vidas difíceis nos Estados Unidos.
O estresse induzido pela pobreza faz com que os americanos sofram com a deterioração de sua saúde geral, e aqueles que perderam seu seguro médico devido à pobreza não podem pagar despesas médicas. A divisão entre ricos e pobres levou a um declínio na expectativa média de vida e ao aumento da taxa de suicídio no país, diz o artigo.
"O chamado sistema democrático dos EUA priva seus cidadãos dos direitos econômicos, sociais e culturais, levando a uma crescente disparidade entre ricos e pobres."
Segundo o artigo, o governo norte-americano carece de vontade política para mudar as raízes estruturais que levam à divisão entre ricos e pobres. Em vez disso, adotou uma série de políticas e medidas que aumentam ainda mais a diferença.
Isso está intimamente relacionado ao sistema político do país e aos interesses do capital representados pelo governo americano, acrescenta. O vigoroso desenvolvimento da política monetária transformou o governo americano em um porta-voz dos ricos.
A persistência da pobreza extrema é uma escolha política feita por aqueles que estão no poder, afirma o texto.
A divisão entre ricos e pobres nos Estados Unidos será uma tendência constante e de longo prazo, e o grave impacto negativo que isso provoca no desfrute e na realização dos direitos humanos do povo americano continuará a piorar, avalia o artigo.