Mais de 100 barcos de pesca desfilam no Porto de Victoria para celebrar o 23º aniversário do regresso de Hong Kong à pátria em Hong Kong, sul da China, em 1º de julho de 2020. (Xinhua/Lo Ping Fai)
Beijing, 2 jul (Xinhua) -- As declarações do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre a legislação de segurança nacional da China em Hong Kong não demonstram nada além de ignorância e preconceito, disse nesta quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.
Ele destacou quatro "ignorâncias" para descrever os comentários de Pompeo em uma entrevista coletiva.
Primeiro, ele ignora a lei sobre a proteção da segurança nacional na Região Administrativa Especial de Hong Kong, salientou Zhao, acrescentando que mencionar direitos humanos na questão é apenas uma distorção dos fatos.
A lei protege a esmagadora maioria das pessoas, punindo apenas um número muito pequeno de perpetradores. Após a promulgação da lei, Hong Kong desfrutará de ordem social mais estável e melhor ambiente de negócios, dos quais todos os residentes e investidores estrangeiros poderão se beneficiar, assinalou Zhao.
Segundo, Pompeo ignora o princípio de "um país, dois sistemas". A adoção desta lei não visa alterar esta política, mas melhorar e agir melhor em "um país, dois sistemas" e garantir sua implementação fiel e constante, apontou o porta-voz.
O secretário de Estado norte-americano também ignora a Declaração Conjunta Sino-Britânica, acusou Zhao, observando que todas as disposições relacionadas ao lado britânico na Declaração Conjunta foram cumpridas após o regresso de Hong Kong à pátria.
"As políticas básicas sobre Hong Kong declaradas pela China na Declaração Conjunta são uma declaração de políticas da China, não um compromisso com a Grã-Bretanha, e elas certamente não têm nada a ver com os Estados Unidos.
Além disso, Pompeo ignora a lei internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais. É assunto interno da China formular uma lei sobre a proteção da segurança nacional em uma região administrativa subnacional, lembrou ele.
"Temos toda a confiança de que a lei colocará Hong Kong de volta no caminho certo do desenvolvimento e ajudará a recuperar sua reputação como a 'Pérola do Oriente'", acrescentou Zhao.