Por Anselmo Leal
Funcionários da SGBH realizam medições de temperatura por infravermelho do equipamento na estação de conversão do Rio de Janeiro do projeto XRTE para garantir o fornecimento contínuo de energia, a 23 de março.
Em 2016, entrei na empresa State Grid Brazil Holding S.A. (SGBH, na sigla em inglês) e servi como diretor ambiental do projeto UHVDC Belo Monte fase II (XRTE, na sigla em inglês) que é investido e operado pela empresa. Agora, sou o vice-diretor geral da empresa. O projeto XRTE tem uma extensão total de 2.539 quilômetros e passa por cinco estados brasileiros, transportando a energia hidrelétrica limpa da Bacia Amazônica para os centros de carga no Rio de Janeiro e São Paulo no sudeste do Brasil, que podem atender à demanda de eletricidade de 22 milhões de pessoas.
Os principais recursos hidrelétricos do Brasil estão localizados na Bacia Amazônica, enquanto a carga de eletricidade está concentrada na área costeira do sudeste do país. O centro de energia e o centro de carga são distribuídos de forma reversa, e há uma necessidade urgente de linhas de transmissão em ultra-alta tensão (UHV, na sigla em inglês) de longa distância, grande capacidade e baixa perda. O projeto XRTE trouxe a tecnologia avançada e o capital da China para atender efetivamente às reais necessidades do Brasil, tendo criado muitos empregos e impostos locais.
A situação da Covid-19 no Brasil é grave. Considerando a saúde de todos os funcionários, um grupo líder em prevenção e controle de epidemias da empresa foi criado em janeiro deste ano, e cartazes sobre prevenção de epidemias foram publicados em cada andar do prédio do escritório no Rio de Janeiro. A empresa instalou equipamentos de desinfecção na entrada de elevadores e nos banheiros, aumentando a frequência da desinfecção. Um mecanismo diário de relatório de saúde para os funcionários e apresentação de conhecimento de proteção em português e inglês também foi estabelecido.
A equipe de operação, manutenção e reparo da SGBH está eliminando defeitos de equipamentos na estação de conversão do Rio de Janeiro.
Durante o período de prevenção e controle de epidemias, a tarefa de garantir o fornecimento de energia do Brasil é ainda mais crítica.
Para garantir a operação segura e estável do projeto de transmissão de energia, a empresa formulou um plano de trabalho de emergência. Quando ocorre uma falha grave no equipamento, pode ser conectado a especialistas da China para diagnóstico remoto por vídeo imediatamente.
Para garantir a segurança, as estações conversoras de UHV reforçaram o controle de acesso de pessoal. Sob o arranjo cuidadoso da empresa, o projeto está em plena capacidade e nunca falha desde o final de fevereiro.
A energia é fornecida continuamente a instituições médicas e milhares de famílias, garantindo efetivamente o suprimento de energia durante a epidemia. Isso deixa eu e meus colegas muito orgulhosos.
A equipe de operação e manutenção da SGBH discute a próxima operação de comutação na sala de controle principal da estação de conversão do Rio de Janeiro.
A empresa também cumpre responsabilidades sociais para ajudar a população local a superar dificuldades.
Na cidade de Paracambi, onde fica a estação de conversão do Rio de Janeiro do XRTE, alguns moradores perderam seus recursos econômicos devido à pandemia. A empresa doou 1.000 “pacotes de vegetais” para 300 famílias pobres locais. Cada pacote contém carne, leite, pão e outros alimentos, que podem atender às necessidades básicas desses moradores por um mês. O prefeito de Paracambi me disse que essas doações são de grande importância para as famílias pobres locais.
Além disso, a empresa também doou 10.000 “pacotes de vegetais” para as famílias pobres e um lote de camas elétricas médicas e camas normais ao Hospital de Campanha do Rio de Janeiro.
A infraestrutura tem sido um fator importante para restringir o desenvolvimento econômico do Brasil. A construção conjunta de “Um Cinturão, Uma Rota” se tornou um importante impulso para o Brasil alcançar um melhor desenvolvimento. As empresas chinesas têm uma boa imagem no Brasil, o que permite que o público reconheça a iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”. Acredito que, após o fim da epidemia, a construção conjunta de “Um Cinturão, Uma Rota” promoverá ainda mais a conexão das estratégias de desenvolvimento entre o Brasil e a China.
(O autor é vice-diretor geral da State Grid Brazil Holding S.A. e Zhang Yuannan, jornalista do Diário do Povo no Brasil, tendo realizado a entrevista.)