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EUA passarão de 200 mil mortes até 1º de outubro, prevê modelo influente de Covid-19

Fonte: Xinhua    19.06.2020 13h43

Washington, 18 jun (Xinhua) -- Um influente modelo da Covid-19 produzido pela Universidade de Washington revisou suas projeções, prevendo que mais de 200 mil americanos poderiam morrer da Covid-19 até 1º de outubro.

A previsão revisada do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da universidade marca um aumento de 30 mil mortes ante a projeção da semana passada.

De acordo com o modelo, as mortes cumulativas pela Covid-19 nos Estados Unidos podem chegar a 201.129 até 1º de outubro, com um intervalo de 171.551 a 269.395.

O número de mortes diárias deve aumentar novamente em setembro, depois de atingir o platô em junho.

O instituto também previu uma crescente demanda no número de leitos e ventiladores hospitalares a partir de setembro.

"Agora podemos olhar para frente e ver onde os estados precisam começar a planejar uma segunda onda da Covid-19", disse o diretor do IHME, Christopher Murray, na quinta-feira.

"Esperamos ver nosso modelo provado errado pelas ações rápidas que os governos e indivíduos adotam para reduzir a transmissão", disse ele.

"Se os EUA não conseguirem controlar o crescimento em setembro, podemos enfrentar uma tendência de agravamento em outubro, novembro e nos meses seguintes se a pandemia, como prevemos, seguir a sazonalidade da pneumonia", disse Murray.

Mais de 2,18 milhões de casos confirmados da Covid-19 foram registrados nos Estados Unidos até a noite de quinta-feira, com mais de 118 mil mortes, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.

Como muitos estados planejam reabrir instalações educacionais e aliviar ainda mais as restrições atualmente implementadas às operações de negócios e aglomerações de pessoas, surgiram picos em novos casos e hospitalizações.

Na terça-feira, nove estados - Alabama, Arizona, Flórida, Nevada, Carolina do Norte, Oklahoma, Oregon, Carolina do Sul e Texas - registraram novos máximos diários ou tiveram recordes para o número médio de novos casos em sete dias.

Especialistas disseram que a melhoria das medidas de saúde e segurança será crucial para reduzir o risco de um ressurgimento generalizado.

"Há planos que permitirão a abertura de empresas e escolas com segurança. Se eles os seguirem, será possível operar com segurança", disse à Xinhua Robert Schooley, professor de medicina da Divisão de Doenças Infecciosas e Saúde Pública Global da Universidade da Califórnia, em San Diego.

Ele alertou que, em alguns lugares do país, onde as medidas de saúde pública não são levadas a sério, a população corre um "risco significativamente maior" de um ressurgimento da doença.

"As prioridades é ajudar o público a entender que o vírus é real, o surto é real, as mortes são reais ... e que sabemos o que funciona para controlar o novo coronavírus", disse Schooley.

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