Após o anúncio em 25 de maio de que o teste da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus foi temporariamente suspenso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou na quarta-feira (3) que, com base nos dados existentes sobre mortalidade de pacientes, a OMS decidiu retomar o teste.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, disse na conferência de imprensa regular realizada na sede da OMS em Genebra que a equipe executiva do "Projeto Piloto da Unidade" da OMS decidiu interromper temporariamente o uso de hidroxicloroquina devido a preocupações com a segurança dos medicamentos.
Desde então, o Comitê de Monitoramento de Dados de Segurança tem avaliado os dados de segurança da hidroxicloroquina. "Com base nos dados de mortalidade existentes, os membros do comitê sugeriram que não há razão para modificar o protocolo de teste".
Tedros salientou que a equipe executiva do "Projeto Piloto da Unidade" da OMS aceitou as opiniões do Comitê de Monitoramento de Dados de Segurança e concordou em continuar todos os testes do ramo do "Projeto Piloto da Unidade", incluindo o teste de aplicação da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus.
Em março deste ano, a OMS lançou o “Projeto Piloto da Unidade”, que começou a comparar a segurança e a eficácia de quatro medicamentos contra o novo coronavírus ou combinações de medicamentos por meio de ensaios clínicos, incluindo a hidroxicloroquina, um medicamento antimalárico (A cloroquina, outro medicamento antimalárico, não está entre eles).
A revista médica britânica "Lancet" publicou um relatório de pesquisa observacional em 22 de maio, indicando que pacientes com a pneumonia causada pelo novo coronavírus, estejam fazendo uso de hidroxicloroquina ou cloroquina isoladamente ou em combinação com macrólidos, a equipe de pesquisa estima que a taxa de mortalidade do paciente é alta.
Depois que a OMS notificou a interrupção do teste de hidroxicloroquina contra o novo-coronavírus em 25 de maio, as dúvidas da opinião pública sobre a hidroxicloroquina atingiram um ponto alto, mas também há vozes de que o relatório de pesquisa observacional publicado pelo "Lancet" possui falhas. Os métodos e a coleta de dados falharam em refletir a situação real.
Quanto à "eficácia" da hidroxicloroquina, o cientista-chefe da OMS Swaminatan enfatizou em uma conferência de imprensa no dia 3 que ainda existem muitas "incógnitas" sobre o seu uso no tratamento da pneumonia causada pelo novo coronavírus, e os ensaios aleatórios podem obter respostas definitivas; portanto, a OMS incentiva a continuação da avaliação de seu uso, monitorando de perto os dados de segurança do estudo e não descartando o ajuste do ensaio novamente no futuro.