Efeitos da COVID-19 fazem subir desemprego no Brasil a 12,6%

Fonte: Xinhua    29.05.2020 15h56

Rio de Janeiro, 28 mai (Xinhua) -- A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,6% no trimestre finalizado em abril, o que equivale a cerca de 12,8 milhões de pessoas, o maior nível desde março do ano passado, informou o governo nesta quinta-feira.

Segundo os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego aumentou em 1,4 ponto percentual em comparação com o trimestre finalizado em janeiro, o que corresponde a 898.000 pessoas, devido aos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus e se manteve estável com relação ao mesmo período do ano passado.

A população ocupada (89,2 milhões de pessoas) caiu 5,2% em comparação com o trimestre anterior, o que equivale a 4,9 milhões de pessoas a menos e 3,4% (3,1 milhões de pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2019. Ambas as quedas foram recordes da série histórica sobre o desemprego no Brasil.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 51,6%, o menor nível da série histórica iniciada em 2012, com redução de 3,2 pontos percentuais frente ao trimestre anterior (54,8%) e de 2,6 pontos percentuais, frente ao mesmo trimestre de 2019.

No trimestre finalizado em abril, o total da população brasileira fora da força de trabalho chegou a 70,9 milhões de pessoas, cifra recorde e que representa um aumento de 7,9% (5,2 milhões de pessoas) em três meses e de 9,2% (6 milhões de pessoas) em relação a um ano antes.

São consideradas pessoas fora da força de trabalho aquelas que não estão procurando emprego, mas gostariam de ter um ou as que buscam, mas não estão disponíveis para trabalhar.

Segundo o relatório, os impactos da pandemia também foram observados entre os trabalhadores informais, com uma redução de 9,7%.

"Das 4,9 milhões de pessoas a menos na população ocupada, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com contrato formal no setor privado também teve uma queda recorde. Chegamos a abril com o menor contingente de pessoas com contrato formal, 32,2 milhões", disse o IBGE.

A taxa de informalidade se situou em 38,8% (34,6 milhões de pessoas), o menor nível da série histórica.

Segundo o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores subiu 2,5% em relação a abril de 2019, chegando a 2.425 reais (457 dólares) mensais.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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